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Olá estou formulando uma enquete para saber quais tipos de assuntos e dicas para assim melhorar nossa comunicação , pesso por gentileza que mandem um email para .......andreexploid09@gmail.com.......

sábado, 29 de setembro de 2012

Falar é mole ! quero ver é praticar ....


Além de congestionamentos, o risco de assaltos, enchentes e imprudência de outros motoristas está deixando os nervos do condutor dos grandes centros urbanos à flor da pele. O que fazer então para manter a calma ao dirigir? Sim, há saída para o problema! Basta bom senso e algumas estratégias para fazer uma viagem sem contratempos.
No corpo humano, o estresse se manifesta por meio de uma série de sinais e sintomas físicos e psicológicos. No caso específico do trânsito, as reações vão depender, principalmente, da personalidade do envolvido e da procedência delas.  Ansiedade e agressividade só vão piorar a situação. Por isso, criar situações para relaxar é dirigir sem preocupações.
Nossas dicas podem ajudar você a não perder a cabeça enquanto enfrenta o tumulto do trânsito!
1º) Tempo: para evitar atrasos, o ideal é planejar sair de casa com antecedência. Por isso, comece a contabilizar o tempo gasto no banho, na escolha da roupa e no café da manhã, por exemplo.
2º) Espaço: em horários de pico, estabeleça rotas alternativas. Trafegar por trechos movimentados só vai aumentar as chances de se envolver em ocasiões estressantes.
3º) Antecedentes: entrar no carro já estressado é pedir para ter aborrecimento no trânsito. Se você teve algum desentendimento ou briga em casa ou no trabalho, seguir para o destino de táxi ou ônibus é a melhor solução.
4º) Música: em alto volume pode aumentar ainda mais a tensão. Escolha estilos calmos e volumes abaixo do barulho vindo da rua. Afinal, você precisa manter a atenção no que realmente importa no trânsito: dirigir com responsabilidade.
5º) Respiração: é uma boa maneira de se acalmar. Ao perceber que alguma coisa pode tirar seu sossego, inspire o ar, prenda-o por alguns segundos e solte-o em seguida. Se o carro for equipado com ar-condicionado, é bom deixá-lo ligado, mesmo com gasto excedente de bateria.
6º) Postura: sentar de forma errada no banco causa dores lombares. Além disso, manter uma postura correta alivia a sensação de cansaço.
7º) Pés: nunca devem ficar apoiados nos pedais, principalmente na embreagem. Tente movimentá-los sempre, para evitar dores e ajudar a circulação do sangue.
8º) Pensamento: mentalizar coisas ruins só irá aumentar a tensão. Pense em ambientes tranquilos ou aproveite os minutos ociosos para fazer planos, como onde passar o feriado ou fim de semana. Outra saída é estudar por meio dos chamados audiobooks, disponíveis pela internet.
9°) Situações de riscos: nada de avançar sinal, trafegar acima da velocidade permitida, usar a buzina em excesso, avançar na faixa de pedestre ou fazer ultrapassagens perigosas. Conte até dez antes de se desentender com outro motorista. Talvez, ele esteja mais estressado que você e as consequências de tal imprudência podem ser drásticas.
10°) Passageiros: podem representar um risco de estresse quando conversam, mostram-se nervosos ou querem impor uma maneira de dirigir ao condutor. O motorista é o senhor de todo o espaço dentro do carro e deve impor limites.
Lembre-se: dirigir é uma atividade complexa e requer não apenas técnica. Acima de tudo, é preciso prudência e atenção. Ninguém muda o trânsito sozinho, mas se cada um fizer a sua parte já é um bom começo. Pense nisso!
Só pra não esquecer
Você sabia que em países mega populosos (como a Índia) os carros têm que dividir as ruas com ciclistas, pedestres, cachorros, cavalos e até elefantes? Pois saiba que é verdade! E isso acontece devido à falta de calçadas, guias e escassa sinalização de trânsito.
Quem acompanha os nossos canais nas redes sociais pôde assistir, há algumas semanas, este vídeo onde se pode ver claramente a situação caoticamente organizada do trânsito em um dia normal na cidade de Vadodara.
Por outro lado, contrastando completamente com a situação dos países asiáticos, na Suíça, o trânsito é tão bem organizado que os condutores chegam a parar diante de faixas de pedestre vazias – tudo pelo respeito à sinalização. Enquanto isso, São Paulo e Rio de Janeiro tem o 6º trânsito mais desgastante do mundo (de acordo com estudos internacionais divulgados na Conferência Internacional de Trânsito da Europa), seguido de perto por Nova Déli.
Muitas vezes, uma discussão mais acalorada entre condutores termina em violência. “Em cidades grandes, muitos motoristas já saem de casa prontos para atacar ou se defender.” – trecho do livro “Por Que Dirigimos Assim?”, do jornalista americano Tom Vanderbilt.
Fiscalizações e multas, muitas vezes, não são suficientes para reeducar quem já tem os seus vícios de direção. Não há leis que ensinem às pessoas os valores da gentileza, do respeito e da cordialidade.
Para as "DAMAS" na teoria nós deveriamos ,
Abrir a porta do carro para que ela entre. Posicionar a cadeira antes de outra pessoa sentar. No dia seguinte ao jantar, enviar flores. Os homens são, até mesmo por uma questão cultural (e quem sabe, histórica), gentis por natureza.
Por isso, a boa dica do Trânsito+gentil é exercer a gentileza durante todo o dia e não deixar que ela falhe nunca… Permitir uma ultrapassagem, esperar que o pedestre chegue à calçada para seguir adiante, auxiliar um idoso ou um cadeirante na travessia da rua  são gentilezas (assim como agradar quem se ama).
E, da mesma forma que a gentileza impacta positivamente a mãe, namorada ou amiga, pode surpreender qualquer pessoa. Uma gentileza, que deveria ser hábito, tornou-se algo inesperado. E surpreendente.



Porémmm , acima da gentileza, não podemos nos esquecer das questões que a lei julga como certas ou erradas. Não seria necessária a lei para o uso da cadeirinha, se os próprios pais se preocupassem mais em proteger os seus filhos no trânsito. Assim como também não haveria multa para pedestres que atravessam fora da faixa, se eles se preocupassem mais em proteger a própria vida.
Outro exemplo é dirigir sob o efeito do álcool e colocar a vida de outras pessoas em risco: uma falta de gentileza e humanidade mais do que desnecessária. E foi pensando nesse grupo de motoristas que o governo holandês criou uma trava anti-álcool. Como funciona? As pessoas flagradas dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas serão obrigadas a instalar um dispositivo no painel do carro que impede que ele seja acionado antes de verificar a sobriedade do motorista, uma espécie de bafômetro.
Mas gentileza não se refere só a nós humanos não esqueça de nossos amigos animais.

O Código de Trânsito Brasileiro possui 2 artigos que dizem respeito a este assunto:

Art. 252. Dirigir o veículo:
II – transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas;
Infração – média;

Penalidade – multa.
Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados:
Infração – grave;
Penalidade – multa;

A lei não especifica como cada um deve levar seu animalzinho, apenas cita as atitudes infratoras. Ou seja, a decisão de como transportá-lo, de certa forma, vem do bom senso de cada um. A princípio, devemos pensar que o animal, em hipótese alguma, deve influenciar o motorista; ele deve estar em algum lugar do carro onde não possa se locomover nem preocupar o dono indo até a janela ou pulando de um lado para o outro.
Uma boa alternativa de segurança, para qualquer tipo de animal, sejam cães ou gatos, é a caixa de transporte. Comprando uma caixa do tamanho certo para seu animal de estimação, ele estará seguro e confortável na hora de andar de carro. Para os animais maiores, vale até afastar os bancos traseiros para dar mais espaço para a caixa de transporte. Então, é só colocar o animal na caixa e prendê-la com os cintos de segurança do carro.
Colocar redes de segurança nas janelas ou até mesmo grades divisórias no interior dos carros, separando a parte onde fica o animal do motorista, também é uma boa saída. Mas é imprescindível o uso do cinto de segurança especial para animais.
Também é sempre bom forrar com jornal e panos velhos o local onde seu bichinho irá ficar. Isso evita que o animal suje o carro caso faça suas necessidades ou passe mal. É normal isso acontecer enquanto os animais são transportados, ou por medo ou por terem comido antes de entrarem no carro. Por isso, não é aconselhável alimentá-lo antes do passeio. A não ser que seja uma viagem longa. Sendo assim, é bom fazer intervalos durante a viagem para deixá-lo fazer suas necessidades fora do carro e beber um pouco de água.
Caso seu bichinho tenha trauma de andar de carro, você precisará fazer um treinamento com ele. Coloque-o dentro do carro, enquanto estiver desligado, e brinque um pouquinho com ele lá, uma vez por dia, até ele se acostumar a ficar ali dentro. Dê recompensas e carinho, assim ele se sentirá seguro naquele ambiente. Depois, comece com passeios curtos. É um processo que demora um pouco, mas com paciência e muito carinho, seu animalzinho logo se acostumará com a situação.
Gostou das dicas? Com certeza seu animalzinho também vai gostar. O Trânsito + Gentil deve estar presente em todas as situações, vamos espalhar gentilezas!
 


Duvidas ou Medos....


Uma pesquisa elaborou uma planilha de sentimentos em nosso cotidiano eis aqui alguns deles.
10. Perda da liberdade

Embora a definição exata de liberdade - e seu valor em uma sociedade - sejam temas discutíveis, o medo de perde-la sempre esteve presente na mente humana, porque, mesmo que não seja algo que pensemos a cada momento, isso nos rende momentos de profunda reflexão, qando imaginamos em como seria se perdêssemos o poder de controlar e escolher o rumo de nossas próprias vidas. Este medo começa com coisas cotidianas como, o tempo desperdiçado no seu quarto, sem a possibilidade de deixa-lo até que seus deveres, como sua lição de casa, sejam entregues, ou o medo do compromisso que um namoro sério, ou casamento, cobra. Mas isto levanta uma questão: é a liberdade absoluta a melhor coisa para nós?

O Grande Inquisidor, conto do personagem de Dostoievsky nos Irmãos Karamazov, é um ser horrível, que ao desconfiar que Cristo voltou e faz seus milagres ao povo que cerca-o, manda-o prender, e usando as tentações propostas pelo diabo na tentação Dele, explica ao encarcerado como domina a população religiosa, que troca sua liberdade por pão, por poder e pelo auto-reconhecimento. Na verdade, vivemos a vida inteira esperando encontrar algo que valha perde-la.

9. O Desconhecido

O medo do desconhecido é facilmente explicado, conforme a explanação a seguir: a mente ordena que prossigamos, dando um passo adiante, mas nós preferimos aguardar porque “se sei onde estou, consigo controlar a situação, se não sei, não existe chance de controle”. Essa segunda parte é o tempero que nos faz recuar apavorados, já que a impossibilidade de manipular os resultados de nossas ações, nos colocando hipoteticamente em uma posição desfavorável.

Este medo faz parte da alma humana a milhares de anos, e é um dos grandes responsáveis pela sobrevivência das espécies. Muitos de nós, quando crianças, tememos a escuridão por não saber o que pode se esconder ali, e isso estende-se similarmente até a idade adulta quando não podemos prever o que ocorrerá em nossos projetos em andamento. De qualquer forma, o medo do desconhecido nos obriga a recuar, empenhado-nos em descobrir, planejar e entender novas situações, encorajando a análise, e estimulando a criatividade.

8.Dor

Uma vez que a intensidade da dor física é um sentido puramente subjetivo, assimilado de forma diferente por cada indivíduo, é muito difícil fazer generalizações sobre a causa da dor nas pessoas. Mas a dor física pode ser descrita como uma sensação desagradável geralmente causada ​por danos a certa parte do corpo.

Apesar de algumas exceções, a maioria de nós é intolerante, e teme a dor física. Isso pode ser notado no fato de existir uma grande quantidade de medicamentos relacionados ao alívio da dor, em diferentes níveis de intensidade e relacionados a diferentes tipos de dor. A rejeição a dor é causada por associarmos a dor física com doenças e a saúde deficiente em geral. Esse medo pode estar relacionada com o medo de perda de liberdade, como no caso de pessoas que sofrem de dor cronica e vêem sua liberdade física limitada, já que evitam ações que causam ou aumentam a sensação de dor. Salvo alguns, a dor não nos é algo agradável, e como qualquer outro animal, temos a tendência de manter-se longe daquilo que a causa, pois é um dos elementos-chave de nosso instinto de sobrevivência, a maneira que o cérebro avisa que há algo errado com certa parte do nosso corpo ou que a ação que estamos fazendo está causando um efeito negativo sobre ele.

Neste caso, a dor em si não é uma algo ruim, mas uma maneira de nos avisar de que devemos parar de fazer o que estamos fazendo para evitar maiores danos ao nosso corpo.

7. Decepcionar

Este medo não é de fácil explicação, já que eles são, ao mesmo tempo, dois medos estão relacionados – um é a decepção com os outros, e a outra é aquele sentimento relacionado a si mesmo.

Todos nós em nossa infância experimentamos essa sensação em algo que definimos como errado, causando certa auto-punição, por fazermos algo errado ou ter se comportado inadequadamente, esperando punição ou, pelo menos, alguns gritos de nossos pais. Preferimos milhares de vezes essa explosão emocional do que a desagradável visão de nossos pais nos olhando com tristeza, e dizendo: "estou decepcionado com você", frase que dói muito mais do que qualquer outra punição.

O medo da decepcionar faz parte da razão, por isso evitamos o desconhecido. A decepção é o sentimento de insatisfação consigo mesmo, quando nossas expectativas não corresponderem ao que realmente aconteceu. É óbvio que procuramos fazer o nosso melhor para evitar isso, e como a decepção, como dor, é algo negativo, muitas vezes seguida de arrependimento, onde uma pessoa se pergunta sobre suas escolhas e de quanto contribuíram para o resultado. "Se eu tivesse feito as coisas de maneira diferente, teria feito a diferença?"

6. Miséria

A pobreza é definida como situação oriunda da falta de recursos necessários para cumprir plenamente as necessidades humanas. Já a miséria é um caso mais extremo de pobreza. É a incapacidade para cobrir nossas próprias necessidades básicas pessoais.

“Quem gosta de miséria é intelectual” - dizia o carnavalesco Joãozinho Trinta – mas na verdade, sentir a miséria humana é intragável, por sabemos que o pior das ações humanas originam-se no desespero causado pela mesma. Fundo do poço é a atual palavra-chave para exemplificar o ponto mais baixo no que diz respeito às necessidades humanas, e numa sociedade consumista, torna-se um dos monstros mais terríveis de nossa vida.

A ausência de coisas simples é totalmente indesejável, e esse medo fez com que os meios de comunicação alimentem-nos com horas e horas de publicidade, convencendo-nos sobre a necessidade instantânea de consumir produtos - muitas vezes inúteis – para nos manter a salvo do temível monstro. Mesmo ciente do quão nocivo é o consumismo, inconscientemente não queremos ser contado com os miseráveis.

Como expresso no filme de 2006 "O Último Rei da Escócia", quando o Dr. Nicholas Garrigan diz ao ditador de Uganda Idi Amin que "o dinheiro não é nenhum substituto para qualquer coisa", ele responde dizendo que "[você diz isso porque] você nunca foi pobre ".

5. Solidão

O medo de ficar só é está ligado ao terrível vazio causado pela ausência de iteração com outros seres humanos. Este medo também evoluiu de um de nossos instintos de sobrevivência mais básicos: o temor pela solidão é algo natural em nós, já que intuitivamente sabemos que nossa existência se assegura melhor com a vida em grupo.

O medo da solidão está relacionado a fazer algo e não ser percebido. Muitas vezes sentimos que, para que nossas ações sejam significativas, alguém tem de notá-las. Isso se relaciona com a citação filosófica "Se uma árvore cai numa floresta e ninguém está por perto para ouvi-lo, ela emite som?". Se você fizer uma descoberta importante, e esta morrer em segredo com você, o quão realmente isso foi realmente importante?

4. Papel de ridículo

O medo de ser ridículo está relacionado ao temor pela critica negativa e é uma fobia social, já que tememos não estar projetando uma imagem estupida para as outras pessoas. O famoso “pagar mico”.

Este medo é mais frequentemente experimentado no chamado "medo do palco". Todos nós sentimos isso pelo menos uma vez na vida quando tivemos que falar ou executar algo na frente de uma plateia. Tememos que possamos nos atrapalhar e fazer com que o público responda negativamente, seja por zombaria, ou, no pior dos casos, a vaia. Mesmo que algumas pessoas praticam duro o suficiente para não sentir medo do palco ou ter um bem construído auto-confiança que ajuda a lidar com os efeitos de ser ridicularizado ou criticado, nunca o medo do ridículo realmente deixa-nos, porque nós não gostamos da sensação de sendo o centro das atenções por um motivo negativo e estar à mercê da opinião dos outros.

3. Rejeição

Este medo social é uma das maiores razões para que pessoas, mesmo sem entender ( e muitas vezes, sem questionar o porquê) sigam ações de outras ditas populares e aceitas, na esperança de alcançar um comportamento livre de ser rejeitado na sociedade.

Nosso medo de ser rejeitado é como o de ficar só, mas com o diferencial de ser aceito por um grupo social e fazer valer-se diante dos outros. Há quem argumente que a aceitação da sociedade é mera ilusão e que não há comportamento "normal" de um indivíduo dentro de uma grupo. Se este for o caso, então por que nós seguimos regras e condutas de acordo com as normas culturais? Isso realmente coloca em perspectiva a nossa ética e sua infraestrutura e em como uma sociedade é algo realmente bom ou ruim, só porque o senso comum local assim o diz.

2. Morte
Muitos se surpreendem ao perceber que este não é o nº 1 dos temores humanos, embora seja a principal razão para nossa consciência nos fazer agir da maneira que fazemos, mesmo sabendo que o fim de todos será ela. Paradoxal que, mesmo sendo isso um fato, não significa que temos no dia de nossa morte, o nosso pior dia, fonte de pavor frequente, já que evitamos o pensamento deste como um acontecimento futuro e eminente em nossas vidas.

O medo da morte está intimamente ligado ao medo do desconhecido; não sabemos ao certo o que vai acontecer conosco quando deixarmos este mundo. Na verdade, estamos tão interessados ​​na morte que, desde o início dos tempos, culturas inteiras e crenças religiosas buscam dar uma explicações, com quase todas as civilizações antigas tendo nisso uma forma piedosa ou mesmo adoração a morte de alguma forma, onde todos aprendemos a respeitá-la – ou temê-la - e eventualmente aceitá-la.

1. Falhar

Este medo merece o primeiro lugar, porque as regras sobre todas as nossas ações e decisões, tudo que fazemos e não fazemos, são para evitar o fracasso. A noção do fracasso pode estar ligada a ma série de situações: perceber que você não vive sua vida do jeito que você queria, não ter êxito em seus planos, encontrando-se impotente, ou no pior dos casos, sentindo-se assim mesmo com sucesso em suas ações.

O fracasso é um termo muito ambíguo e subjetivo, pois a falha não está no mesmo nível e perspectiva para todos, a falta de um pode ser apenas uma bobagem para outro. Para alguns, o fracasso é realmente uma maneira de aprender lições e tentar de novo, por isso não é realmente um fim, mas uma ferramenta para referência futura.

O principal temor de não vem com a decepção que se segue, esse sentimento que, apesar de seu esforço, nada que se faça parece ser válido para o fim qe determina, provocando a sensação de que aquilo que você tanto sonho não é para ser desfrutado por sua vida.

Isso faz dele o pior medo de todos, o medo de deparar com o fracasso é muitas vezes usado como desculpa para procrastinar ou se excluir de uma ação necessária: "por que se preocupar?" E "eu não sou bom o suficiente"., o que é capaz de matar sonhos, e enterrar milhares de talentos.

Mas existe uma maneira de se livrar de tudo que não te faz bem siga esse texto abaixo.
Assim como você limpa sua casa ou sua mesa de trabalho, crie o hábito de limpar também a sua mente. Para isso, reserve pelo menos 30 minutos por dia e refugie-se em um local onde ninguém pode interrompê-lo. Nesse momento só seu, procure identificar os assuntos que se repetem em seus pensamentos. Aquelas preocupações e problemas que invadem a sua casa interior e roubam sua energia, mesmo contra a sua vontade. Com toda a honestidade, liste esses assuntos em uma folha de papel. Você se sentirá leve e permitirá que as respostas e soluções cheguem até você. Tente. 

Quem Lembra da dancinha do não vai dar em nada......

Vamos aos primordios.. 
Eduardo Bueno, jornalista e pesquisador da nossa história, insiste em ressalvar que é preciso tomar cuidado com generalizações. Ele diz que o problema "não está no degredado e sim nos que tinham o poder de enviar degredados para o Brasil". Segundo ele, a corrupção brasileira começou mesmo antes do descobrimento, nos impérios português e espanhol.
          Chamados de "impérios papeleiros" por causa da burocracia que criava um amontoado de leis e gerava uma gigantesca estrutura paralela, à margem do poder central, Portugal e Espanha concentravam um núcleo de corrupção muito grande, que incluía desvio de verbas, negociatas e dribles na Justiça. Para Bueno, é nesse tipo de "império papeleiro" que está o germe do sistema corrupto que persiste até hoje nestas terras.
          É comum dizer que no Brasil cadeia é só para os "três pês" (pobres, pretos e prostitutas), referindo-se à impunidade dos ricos. Isso é também uma herança dessa tradição ibérica em que os cavaleiros - ou seja, os ricos que tinham cavalos, contrapondo-se aos peões, que andavam a pé - ficavam por lei isentos das chamadas "penas vis". Não podiam ser espancados, amarrados em pelourinhos ou condenados à morte. Isso sem contar a venalidade da Justiça e o tráfico de influências, que já aparece nas primeiras linhas a registrar o Brasil.
          A carta de Pero Vaz de Caminha, enviada ao rei Dom Manuel em 1500 para dar a boa nova da descoberta, ou "achamento", da Terra de Vera Cruz, trazia em seu final um exemplo dessa tradição. Nela, o escriba aproveita a ocasião para pedir a volta a Portugal de seu genro degredado em São Tomé, na África, por ter roubado uma igreja e espancado o padre.

          E já na fundação da nossa primeira capital há um exemplo claro de roubalheira, com superfaturameno na construção de Salvador, por empreiteiras, entre 1549 e 1556. Prática que se alastrou inclusive durante o período de ocupação holandesa, tido erroneamente por muitos como um governo "limpo". Apesar de o príncipe Maurício de Nassau ser um homem culto e ter trazido cientistas e artistas para Pernambuco, com ele vieram também, como colonizadores, pessoas que, no que tange à malandragem, não ficavam atrás dos portugueses. Aliás, teve origem na Holanda a história de que não existe pecado ao sul do Equador. Aqui valia tudo.

          Como boa tradição ibérica, a corrupção não poderia deixar de continuar com a chegada da família real portuguesa, inculta e grossa, em 1808. Dom João VI é tratado pelos historiadores como sujo e balofo, grosseiro no trato com as pessoas. No tempo em que esteve no Brasil, de 1808 a 1821, a corrupção se alastrou consideravelmente.
          Dom Pedro I, embora mais estadista que seu pai, tinha na conta de seus amigos pessoas muito pouco recomendáveis, que assumiram posições importantes no Império. Uma delas foi o famoso Chalaça, apelido do português Francisco Gomes da Silva, considerado o homem mais poderoso do período. Companheiro de farras de Dom Pedro, ele nomeava e demitia quem queria.
          Ao contrário de seu antecessor, Dom Pedro II foi um homem culto, mecenas, poliglota, apreciador das artes e da ciência... mas sem nenhuma aptidão para governar. Ficava enfastiado com as coisas do Estado. Assim, fazia vistas grossas para os desmandos e a corrupção, inclusive eleitoral. Por isso era chamado de "Pedro Banana". Seu reinado era repleto de festas, que aconteciam como se o país estivesse às mil maravilhas. Depois de 1884, seu governo foi ficando insustentável, em grande parte por causa da chamada "Questão Militar", que teve como estopim a descoberta de irregularidades num destacamento do Exército no Piauí.
           Segundo Nelson Werneck Sodré em seu livro A História Militar do Brasil, diversos fornecedores do Exército enriqueceram bastante durante o Império, passando recibo de mercadorias que nunca entregaram ou entregaram em quantidade ou qualidade diferente do especificado. O historiador conclui: "Chega-se a ter a impressão de que, de cada dez indivíduos, nove eram desonestos ou dissidiosos na defesa da moralidade administrativa das Forças Armadas. Os que discordavam eram poucos e considerados criadores de caso". O imperador permanecia alheio a tudo isso.

A Transparência Internacional divulgou, dia 17, na Alemanha, o índice de corrupção no mundo. Numa escala de 0 (sem corrupção) a 10 (haja lanterna de Diógenes para descobrir um honesto!), o Brasil mereceu 3,7 pontos. Avançou da 80ª posição para a 75ª, entre as 180 nações analisadas. Nosso país se equipara, agora, à Colômbia, ao Peru e ao Suriname. O país onde há menos corrupção é a Nova Zelândia.
Por que há tanta corrupção no Brasil? Temos leis, sistema judiciário, polícias e mídia atenta. Prevalece, entretanto, a impunidade – a mãe dos corruptos. Você conhece o nome de um notório corrupto brasileiro? Ele foi processado e está na cadeia?
Padre Vieira, no sermão em homenagem à festa de Santo Antônio, em 1654, indagava: "O efeito do sal é impedir a corrupção, mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção?". A seu ver, havia duas causas principais: a contradição de quem deveria salgar e a incredulidade do povo diante de tantos atos que não correspondiam às palavras.
O corrupto se caracteriza por não se admitir como tal. Esperto, age movido pela ambição de dinheiro. Não é propriamente um ladrão. Antes, trata-se de um requintado chantagista, desses de conversa frouxa, sorriso amável, salamaleques gentis. Anzol sem isca peixe não belisca.
O corrupto não se expõe; extorque. Considera a comissão um direito; a porcentagem, pagamento por serviços; o desvio, forma de apropriar-se do que lhe pertence; o caixa dois, investimento eleitoral. Bobos aqueles que fazem tráfico de influência sem tirar proveito.
Há muitos tipos de corruptos. O corrupto oficial se vale da função pública para tirar proveitos para si, a família e os amigos. Troca a placa do carro, embarca a mulher com passagem custeada pelo erário, usa cartão de crédito debitável no orçamento do Estado, faz gastos e obriga o contribuinte a pagá-los. Considera natural o superfaturamento, a ausência de licitação, a concorrência com cartas marcadas.
A lógica do corrupto é corrupta: "Se não aproveito, outro leva vantagem em meu lugar". Seu único temor é ser apanhado em flagrante delito. Não se envergonha de se olhar no espelho, apenas teme ver o nome estampado nos jornais. Confiante, jamais imagina a filha pequena a indagar-lhe: "Papai, é verdade que você é corrupto?".
O corrupto não sente nenhum escrúpulo em dar ou receber caixas de uísque no Natal, presentes caros de fornecedores ou patrocinar férias de juízes. Afrouxam-lhe com agrados e, assim, ele relaxa a burocracia que retém as verbas públicas.
Há o corrupto privado. Jamais menciona quantias, tão somente insinua, cauteloso. Assim, torna-se o rei da metáfora. Nunca é direto. Fala em circunlóquios, seguro de que o interlocutor saberá ler nas entrelinhas.
O corrupto franciscano pratica o toma lá, dá cá. Seu lema é "quem não chora, não mama". Não ostenta riquezas, não viaja ao exterior, faz-se de pobretão para melhor encobrir a maracutaia. É o primeiro a indignar-se quando o assunto é a corrupção que grassa pelo país.
O corrupto exibido gasta o que não ganha, constrói mansões e castelos, enche o latifúndio de bois, convencido de que puxa-saquismo é amizade e sorriso cúmplice, cegueira. Vangloria-se de sua astúcia ao enganar e mentir.
O corrupto nostálgico orgulha-se do pai ferroviário, da mãe professora, da origem humilde na roça, mas está intimamente convencido de que, tivessem as mesmas oportunidades de meter a mão na cumbuca, seus antepassados não deixariam passar.
O corrupto previdente, calculista, já está de olho na Copa do Mundo no Brasil, em 2014, e nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Ele sabe que os jogos Pan-americanos no Rio, em 2007, tiveram orçamento de R$ 800 milhões e consumiram R$ 4 bilhões.
O corrupto não sorri, agrada; não cumprimenta, estende a mão; não elogia, incensa; não tem valores, apenas saldo bancário. De tal modo se corrompe que nem mais percebe que é um corrupto. Julga-se um negocista bem-sucedido.
Melífluo, o corrupto é cheio de dedos, encosta-se nos honestos para se lhe aproveitar a sombra, trata os subalternos com uma dureza que o faz parecer o mais íntegro dos seres humanos. Aliás, o corrupto acredita piamente que todos o consideram de uma lisura capaz de causar inveja em madre Teresa de Calcutá.
O corrupto se julga dotado de uma inteligência que o livra do mundo dos ingênuos e torna-o mais arguto e esperto do que o comum dos mortais.
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São incessantes e numerosos os casos de corrupção no nosso país. Não param as denúncias contra funcionários públicos, parlamentares, secretários e ministros do poder Executivo. Aliás, pelo menos nove ministros sofreram pesadas queixas de crimes do colarinho branco,muitos deles já foram afastados pela presidenta Dilma Roussef, numa clara demonstração de que a corrupção é um câncer no Estado brasileiro. Porém, é preciso se perguntar porque entra governo e sai governo, ano após ano, o dinheiro dos impostos do povo brasileiro é surrupiado por esses criminosos de paletó e gravata. Para responder a essa pergunta, é necessário sabermos o que é e como funciona essa estrutura política chamada Estado.
O Estado é o destacamento de homens fortemente armados, supostamente criado para defender a pátria, com acréscimo de um grupo regular de funcionários públicos, aparentemente acima de todos na sociedade. Esta primeira característica é o principal traço do Estado, pois ele existe desde que surgiram as classes sociais e é um instrumento de repressão de uma classe por outra, a qual domina o poder econômico. Em outras palavras, somente existe ‘Estado’ porque uma minoria necessita dominar a maioria e o utiliza para manter seu poder sem que ninguém sequer questione o porquê. É preciso notar que esse poder é exercido no Brasil pelas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), que aparentam a ‘mais pura’ de todas as estruturas, o que já foi diferente, pois sofremos o controle desses militares durante mais de duas décadas envoltos em inúmeros casos de roubo do dinheiro público.
Toda essa estrutura aperfeiçoada durante séculos apresenta-se como inquestionável e inquebrantável. Mas, uma das provas mais seguras da sua fragilidade é a corrupção. Desde que surgiu o Estado com o fim da sociedade primitiva de clãs¹, existe a corrupção. Mais do que isso. Ele surgiu a partir de uma tremenda injustiça: garantir a proteção legal, por meio das armas, das propriedades de um reduzido grupo de pessoas que se apossaram dos bens produzidos socialmente.
Como resultado desse desenvolvimento que remonta a milhares de anos, na nossa época atual, portanto, a corrupção do Estado é resultado do domínio político dos capitalistas. Desde juízes, promotores, deputados, vereadores, prefeitos, governadores, ministros, enfim, todos estão envolvidos pelo câncer da corrupção. Muito embora alguns ocupem cargos de forma honesta, trata-se de toda estrutura que é podre e não pode ser modificada nos marcos do atual regime econômico. Exatamente por isso, mudam-se os nomes, mas o papel que cumprem os substitutos é o mesmo. Por mais investigação que se faça, a Polícia Federal não haverá de modificar tal realidade nos marcos da sociedade capitalista.
A forma do roubo dos nossos impostos
Vejamos agora como funciona esse assalto aos nossos bolsos.
O poder Executivo, os governos, recolhem os nossos impostos com a justificativa de nos dar condições adequadas de saúde, educação, lazer, infraestrutura, etc. Utilizam, para isso, a coação dos cidadãos. Quem não pagar os impostos perde direitos sociais. Veja que essa medida somente pode ser imposta aos trabalhadores, pois, os capitalistas não recolhem impostos, eles os embutem nos preços das mercadorias que nos vendem. Logo, desde o pagamento dos tributos somos lesados pelos dominadores.
Ao recolher todos esses impostos o governo administra tais recursos por meio de um plano chamado Orçamento. É com ele que os diversos funcionários públicos podem gastar os recursos. Porém, existe uma particularidade interessante: o governo não pode contratar diretamente os serviços ou obras criando empresas próprias para execução em virtude do seu caráter liberal². Ele seleciona tais empresas mediante editais públicos chamados de licitações. Ora, trata-se de uma concorrência pública para executar os serviços ou obras que, na prática, se tornam peças de um jogo de interesses das empresas capitalistas. Em virtude dos subornos, os processos são fraudados e se caracteriza a forma de transferência de recursos do nosso dinheiro para os bolsos dos grandes empresários. Por outro lado, sem consultar nenhum cidadão, o governo paga desse mesmo orçamento uma soma estratosférica de recursos de juros de dívidas a bancos e especuladores, e, exatamente por isso, sempre afirma que não dispõe de dinheiro para os serviços sociais. Esses bancos (seus donos, os banqueiros) repassam aos ‘parlamentares’ somas enormes de dinheiro para que sejam mantidos os pagamentos. No popular, “uma mão lava a outra”. Caso não aceitemos tais imposições, somos encarcerados. Se nos manifestamos, denunciamos, questionamos esse poder dos capitalistas, está lá o poder ‘policial’ para impedir qualquer mudança significativa.
Além dessas, para realizar as demais transferências dos nossos recursos para as empresas ‘seguras’, dentro dos esquemas de benefícios de uns e outros, são realizados outras diversas formas de subornos, esquemas ilegais e desvios. São bizarras e escrachantes as formas que os capitalistas utilizam para realizar esse roubo – desde os parlamentares junto com capitalistas criarem grandes empresas nos nomes de seus parentes até mesmo construções de obras públicas dentro de terras privadas.
As famílias Sarney, Magalhães, Collor, Jereissati, Serra, Calheiros, por exempo, possuem dezenas de empreendimentos vultosos. Até mesmo o filho de Luís Inácio (PT), conhecido como Lulinha, criou uma empresa de tecnologia, disputou licitações, milagrosamente ganhou-as e já se tornou milionário em poucos anos. Por outro lado, tais empresas financiam campanhas dos parlamentares e governantes, nomeiam parentes, desviam funcionários públicos das suas funções, criam cargos fantasmas, subornam juízes e promotores, etc. Teríamos que escrever centenas de páginas para citar todas as formas de corrupção, mas este não é o objetivo do presente artigo.

Assim, o que fica demonstrado é que a corrupção em qualquer país capitalista está ligada fundamentalmente a quem detém o poder econômico. Em último caso, tais ‘funcionários públicos’ são corrompidos exatamente por essas empresas. Os servidores públicos, unindo-se a elas, tornam-se também capitalistas e sucede-se assim a ‘cadeia produtiva’ dos roubos que não param de acontecer.
Para solucionar tudo isso, seria necessário destruir toda a estrutura podre do Estado. Seriam obrigatórios: um total controle popular dos recursos dos trabalhadores, o fim da imunidade e inamovibilidade desses funcionários públicos, especialmente parlamentares e governantes; fim dos recursos de capitalistas nas campanhas eleitorais; proibição de todos os políticos com família ligada as empresários, juízes democraticamente eleitos e com mandatos revogáveis. Tais medidas mudariam esse quadro desolador do nosso país; mas antes delas serem implementadas, teremos de enfrentar uma intensa luta contra esses mesmos ‘ladrões’ de colarinho branco, sejam funcionários das empresas capitalistas sejam os infiltrados no serviço público.
Notas:
¹Comunidade de clã: forma social de uma coletividade igualitária unida pelos interesses econômicos e espi¬rituais, a mesma origem e os mesmos laços de parentesco. Nascida sob o regime do casamento por grupos, era matriarcal, ou seja, baseada nos laços de parentesco pelo lado materno.
²Cárater Liberal do Estado: forma de organização estatal com intervenção na economia reduzida em virtude da expressão idealista do conceito de ‘autorregulação do mercado’. Tal caráter se evapora nos momentos de crise econômica quando todas as estruturas estatais são mobilizadas para salvar o sistema capitalista de produção;

sábado, 22 de setembro de 2012

A vez da comunidade .......

Uma pesquisa mostra a real situação das favelas fora das propagandas...

Como as comunidades de favelas do Rio de Janeiro estão encontrando formas alternativas de integração, socialização e regeneração social capazes de romper as barreiras da exclusão e da marginalização? Desvendar essas formas de sociabilidades foi o objetivo de pesquisa lançada nesta quinta feira , no Rio, durante o Seminário Internacional “Sociabilidades Subterrâneas: Identidade, cultura e resistência em comunidades marginalizadas”. No dia 2 de novembro, haverá o lançamento do estudo em Londres.
A pesquisa envolveu interlocutores em universidades, movimentos sociais, governo e iniciativa privada e foi desenvolvida pela London School of Economics and Political Science (LSE), com apoio da Representação no Brasil da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em parceria com AfroReggae e a Central Única das Favelas (CUFA). O estudo e os seminários foram viabilizados pelo Itaú Cultural e pela Fundação Itaú Social.
O lançamento contou com a presença da coordenadora do estudo, a pesquisadora chefe e diretora do Mestrado em Psicologia Social da LSE, Sandra Jovchelovitch, de especialistas nacionais e internacionais em segurança pública e direitos humanos, além de lideranças de ONGs e autoridades do governo federal e do estado Rio de Janeiro.
O projeto compreendeu uma investigação do mundo da vida da favela, por meio de entrevistas com 204 moradores das comunidades do Cantagalo, Cidade de Deus, Madureira e Vigário Geral. Também envolveu um estudo sobre as organizações AfroReggae e CUFA, com a análise de 130 projetos de desenvolvimento social e entrevistas com suas lideranças, além de uma avaliação com especialistas, observadores e parceiros das duas entidades no Rio de Janeiro, tendo como especial ênfase a polícia.
O estudo traz luz às chamadas sociabilidades subterrâneas das favelas, as formas de vida social que fazem parte do cotidiano da sociedade brasileira, mas permanecem invisíveis devido a barreiras geográficas, econômicas, simbólicas, comportamentais e culturais. A pesquisa descobriu que essas sociabilidades subterrâneas são caracterizadas por um quadro institucional complexo, marcado pela família, pelo narcotráfico, pela ausência do Estado, com a polícia sendo sua única face e relacionada ao tráfico de drogas, as igrejas e as ONGs, como o AfroReggae e a CUFA.
O movimento das favelas cariocas Atualmente, quando se fala tanto em urbanização das favelas, quase ninguém imagina que o problema não foi sempre encarado dessa forma. Historicamente, a política voltada para os pobres no Rio de Janeiro via uma única solução: a remoção, o afastamento dos centros urbanos. Foi nesse contexto que foram construídas Vila Kenedy, Antares e a tristemente famosa Cidade de Deus. As coisas começaram a mudar no final dos anos 70, quando os movimentos de favelas conquistaram um lugar na cena pública. A urbanização dos morros do Cantagalo e Pavão- Pavãozinho foi um marco.
Pela primeira vez o Estado admitiu urbanizar a favela sem removê-la, mantendo sua tipologia. Ainda na década de 80 surgiu o mutirão comunitário, experiência que constituiu as bases para a implantação do Programa Favela-Bairro, reconhecido como um dos melhores programas do mundo em termos de urbanização de áreas carentes. Desde sua criação, em 1993, o Favela-Bairro já beneficiou, entre obras concluídas e em andamento, 557 mil moradores de 143 comunidades.
Mesmo assim, e apesar de as favelas terem ocupado definitivamente o cenário carioca, como constata o arquiteto Itamar Silva, do Ibase, o preconceito que havia no início do século passado permanece. A prova é o relato produzido por um jornalista que visitou o Morro da Favella em 1909. Ele registra o medo e o estranhamento que até hoje são provocados pelos imensos aglomerados que povoam os morros cariocas.
Sustentabilidade O Pouso foi concebido há dez anos com a missão de criar condições para a consolidação das favelas como novos bairros integrados à cidade legal. Como se constatou que as iniciativas para a urbanização registradas ao longo da história se perderam por falta de continuidade e acompanhamento, em 1996 começaram a ser criados postos descentralizados da prefeitura nas favelas, para assegurar a manutenção dos equipamentos instalados, cuidar da articulação com a rede de serviços públicos e planejar o crescimento. " Raramente as autoridades se preocupam em monitorar a evolução das áreas beneficiadas, assegurando a sustentabilidade.
Esse foi o grande mérito do Pouso", diz a arquiteta e urbanista Marlene Fernandes, assessora internacional do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), uma das instituições que integram o Fórum Ibero-Americano e do Caribe sobre Melhores Práticas. O primeiro resultado visível desse movimento surgiu em 2003, com a criação da Coordenadoria de Regularização Urbanística, encarregada de planejar, licenciar e fiscalizar a chamada cidade informal, que inclui as favelas e os loteamentos irregulares. "Até então, a Secretaria Municipal de Urbanismo não entrava em favela. Mas as habitações irregulares respondem por 40% das construções no Rio de Janeiro e é impossível ignorá-las.
O Pouso deixou de ser apenas um braço educativo do Programa Favela- Bairro e passou a atuar de forma independente, combinando educação com normatização e fiscalização", diz Alfredo Sirkis, secretário municipal de Urbanismo. Retirar as favelas da informalidade é o principal objetivo do Pouso. Para isso, o programa investe na regularização urbanística dos assentamentos precários. A Coordenadoria de Regularização Urbanística estabele e normas para as construções e limites para o crescimento - vertical e horizontal. Aprovada a legislação, a concessão da certidão do Habite-se é o último estágio para a consolidação da nova ordem urbanística. O documento atesta que a construção é regular, facilita a obtenção do título de propriedade, permite que o imóvel seja inscrito no Registro Geral de Imóveis (RGI) e seja vendido legalmente.

RealizaçãoMais de 15 mil moradores de Fernão Cardin e da Quinta do Caju já tiveram suas moradias regularizadas. A carioca Iraydes Pinheiro Henrique, presidente da associação de moradores da Quinta do Caju há 18 anos, recebeu o Habitese em dezembro de 2004. Onze meses depois obteve o título de propriedade de seu imóvel. Ela conta sua longa saga em poucas palavras:"Meu pai veio morar na Quinta do Caju em 1940. Durante quatro décadas lutou para regularizar a situação. Por suas reivindicações, nos anos 50 quase fomos expulsos de casa. Mas eu não desisti da luta e consegui realizar seu sonho. A maior vitória da minha vida de líder comunitária foi ver os moradores daqui receberem a certidão de Habite-se e o título de propriedade. Estamos vivendo um momento histórico". Outro caso é o de Marluce de Oliveira. Ela ainda luta. Há cerca de 80 anos seu bisavô construiu uma casa de madeira na Quinta do Caju que, sem manutenção, tornou-se pouco segura. A casa foi posta abaixo e em seu lugar foi construída uma nova, de alvenaria - obra que está quase pronta. "Construir uma nova casa era um desejo antigo. Decidi transformá-lo em realidade quando a obtenção do Habite- se passou a ser uma possibilidade concreta.
Deixar de viver na ilegalidade significa muito para mim e para todos os moradores da comunidade", diz. Com 843 domicílios e cerca de 2, 5 mil habitantes, a Quinta do Caju, situada na zona portuária, foi uma das cinco primeiras favelas da capital fluminense. No início do século XIX, era uma quinta à beira da praia do Caju e, por indicação médica, dom João VI chegou a banhar-se ali algumas vezes. Nessas ocasiões, o rei freqüentava a casa da família Tavares Guerra, hoje Museu da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).
Os primeiros habitantes da praia eram pescadores portugueses. Suas casas foram construídas na orla e havia um caminho que circundava o morro, a atual Rua Circular. Como se vê, muita coisa mudou. Primeiro para pior. Mais recentemente para melhor. A área foi se degradando com o passar dos anos e se tornou um ambiente insalubre. "Antes das obras de urbanização, havia uma vala na porta da minha casa.
Nos últimos anos, nossa qualidade de vida deu um salto muito grande. Somos mais respeitados", diz Ida Marquechi Medina, de 86 anos, uma das moradoras mais antigas da Quinta do Caju. Criado em 1997, o Pouso que atende à comunidade também cuida das favelas de Parque Conquista, Parque São Sebastião, Vila Clemente Ferreira, Ladeira dos Funcionários e Parque Boa Esperança.
Vista para o marNa comunidade de Morro Azul, no Flamengo, há outro posto. O aglomerado de casebres começou a se formar por volta de 1936, quando famílias chegaram do Nordeste e de outros municípios do Rio de Janeiro em busca de trabalho e se instalaram ali. Não havia energia elétrica. Muito menos água encanada. Só mato e lama. O morro sofreu um incêndio em 1957 e a comunidade foi ameaçada pelas obras do metrô nos anos 70, mas terminou por se consolidar. Hoje, com 332 domicílios, abriga cerca de 990 moradores. A costureira Francisca Balduíno Pinto, de 66 anos, 21 na comunidade, mora com a família numa casa de quatro pavimentos, cuja cobertura foi reformada recentemente com o apoio dos técnicos do Pouso. A vista que a família Balduíno Pinto tem da praia do Flamengo, lá de cima, é de fazer inveja a muitos moradores de apartamentos da zona sul carioca. "Nossa realidade mudou muito.
Quando preciso realizar alguma obra em minha casa, a primeira coisa que faço é procurar o Pouso, onde sou bem recebida", diz dona Zula, apelido pelo qual a costureira é mais conhecida. O Pouso não realiza obras. Oferece orientação técnica para quem deseja erguer ou reformar sua casa. Também não mantém um programa habitacional. Promove a regularização urbanística. Mas isso não impede que seus funcionários sirvam de ponte entre os moradores e o programa de Crédito Direto ao Consumidor para a Compra de Material de Construção (Credmac), da Caixa Econômica Federal. Trabalham na mobilização da comunidade 17 assistentes sociais, 17 agentes supervisores e 33 agentes comunitários - apenas três homens.
Até fevereiro de 2006, com o suporte do Posto de Orientação Urbanística e Social, 1,2 mil logradouros de 32 comunidades da capital fluminense haviam sido legalizados
"A mulher enxerga a favela como uma extensão da sua casa", explica Tânia Castro, coordenadora de regularização urbanística da Secretaria Municipal de Urbanismo e idealizadora do Pouso. Há ainda 259 voluntários, moradores que zelam por determinada área. Essa turma usa cartilhas ilustradas, de fácil compreensão, para incentivar o respeito ao espaço público e ao ecolimite (fronteira entre as favelas e as áreas verdes delimitada pelo governo com cabos de aço e marcos de concreto), além de ensinar noções básicas de saúde e higiene. " O morador tem de se envolver no processo. Ele precisa entender o que está se passando. É um trabalho de inclusão social, que estimula o exercício da cidadania", diz Tânia Castro.
Dados da ONU mostram que o problema é mundial - No mundo, quase 1 bilhão de pessoas habitam zonas urbanas degradadas, e 31,6% da população urbana mundial é favelada.
- O crescimento urbano nos países em desenvolvimento atinge a cifra de 1 milhão de pessoas por semana. Há 39 cidades com mais de 5 milhões de habitantes e 16 megalópoles abrigam mais de 10 milhões.
- Em 2030, cerca de 3 bilhões de pessoas, ou 40% da população mundial, demandarão moradias e serviços de infra-estrutura. Isso significa que terão de ser construídas 96. 150 casas por dia, ou 4 mil por hora.
- Até 2050 a situação tende a se agravar. A população mundial, hoje pouco superior a 6 bilhões de habitantes, deverá atingir 10 bilhões, com 90% dos nascimentos registrados em países pobres ou em desenvolvimento.

melhorespraticas33Três momentos no Morro Azul: em sentido horário, dona Zula e a vista de sua "cobertura"; placas indicam logradouros oficializados; e crianças em ruas urbanizadas
A equipe atua na rua, atendendo a solicitações dos moradores e organizando reuniões e palestras, inclusive em escolas. Os assuntos são discutidos de forma participativa. Um exemplo: para a escolha de nomes de ruas e praças, funcionários da prefeitura e moradores elaboram uma lista que é submetida à votação na comunidade. Até fevereiro deste ano, 1.253 logradouros de 32 comunidades haviam sido legalizados. "O Pouso consiste numa prática de gestão democrática da cidade, de inclusão territorial. A grande questão é o reconhecimento desses espaços informais como parte do território da cidade", explica a secretária Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades, Raquel Rolnik. Como muitos programas exemplares mantidos no Brasil, o Pouso enfrenta lá seus percalços. Um deles, citado pelo secretário Sirkis, são as dimensões gigantescas do problema. Pelas suas contas, serão necessários pelo menos 15 anos para que se possa constatar uma mudança profunda no ambiente urbano carioca.

Escritos recentes sobre o tema Quatro livros recém-lançados podem ser úteis para que se entenda a problemática das favelas na cidade do Rio de Janeiro:

- A Invenção da Favela, da socióloga Licia Valladares, publicado pela Editora FGV, faz um passeio pela história para explicar a origem do preconceito em relação à população favelada. Conta, por exemplo, que o atual Morro da Providência, ocupado em 1897 por ex-combatentes da Guerra de Canudos que pressionavam o Ministério da Guerra a cumprir promessas feitas aos soldados, era chamado de Morro da Favella. E que jornais da época tratavam-no como uma peste a ser eliminada e aos moradores como criminosos.

- Favelas Cariocas, de Maria Lais da Silva, publicado pela editora Contraponto, analisa o período de 1930 a 1964. Revela que a Rocinha não surgiu de uma invasão, mas de um loteamento autorizado pela prefeitura que acabou se expandindo devido à lentidão na regularização dos terrenos.

- Favela, Alegria e Dor na Cidade, dos geógrafos Jailson de Souza e Silva e Jorge Luiz Barbosa, editado pelo Senac, mostra, entre outras coisas, que 43% dos imóveis do Rio, nos dias atuais, apresentam alguma irregularidade. E que as favelas da Rocinha, da Maré e do Alemão têm indicadores melhores do que a média do Nordeste no que diz respeito à alfabetização, ao acesso a água tratada, luz e esgoto.

- Da Favela para o Mundo, de José Silva, um dos fundadores do Grupo Cultural Afro Reggae, ONG com experiência bem-sucedida no resgate de jovens envolvidos direta ou indiretamente com a marginalidade, publicado pela Ediouro. É um depoimento pessoal.

melhorespraticas43
Outro problema é a falta de recursos. "As prefeituras brasileiras são as que têm o maior volume de atribuições na América Latina, mas nem todas têm recursos para realizá-las", diz o economista Alberto Paranhos, oficial principal da Representação para a América Latina e o Caribe do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-Habitat). De fato, os indicadores sociais do Rio de Janeiro melhoraram, mas a cidade caiu no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios brasileiros.
"Considerando que as favelas são muito dinâmicas e mudam quase que diariamente, como política pública o Pouso ainda apresenta resultados pequenos", diz o arquiteto Itamar Silva, coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e ex-presidente da Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (Faferj). Os problemas, no entanto, não impedem que o movimento cresça. Cinco novos postos do Pouso deverão ser criados ainda neste primeiro semestre. "Enfrentamos muitos obstáculos.
Cinco novos postos do Pouso de vem ser inaugurados ainda neste ano
Não é fácil lidar com o tráfico, assim como mobilizar a população e se inserir na rotina dos serviços públicos de manutenção. Mas o caminho está traçado. E vamos seguir em frente realizando esse trabalho de formiguinha", garante a arquiteta Tânia Castro. Ótimo. Outras boas providências tomadas nessa área, na esfera federal, merecem registro: a criação do Fundo de Desenvolvimento Social, com 500 milhões de reais para serem destinados ao financiamento de projetos de investimento de interesse social nas áreas de habitação popular; o lançamento do Programa Especial de Habitação Popular, com financiamentos de 20 mil reais, sem juros, para famílias pobres; e o aumento do investimento público em saneamento.
Mais: segundo dados da Secretaria Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades, estão em pleno andamento processos de regularização fundiária solicitados por 352 mil famílias de 360 comunidades residentes em 134 municípios brasileiros. Moral da história: o problema é imenso, mas, enquanto a solução definitiva não chega, e ninguém sabe se ela virá algum dia, tem muita gente fazendo trabalho de formiguinha e melhorando a vida daqueles que foram empurrados para fora dos limites oficiais da cidade.
Índice de Desenvolvimento Humano da Cidade do Rio de Janeiro Os indicadores melhoraram, mas a situação piorou na comparação com outros municípios brasileiros entre 1991 e 2000
Ano Classificação Nacional IDH-M Esperança de vida ao nascer (em anos) Taxa de alfabetização de adultos (em %) Taxa bruta de freqüência escolar (em %) Renda per capita de 2000 (em R$)
1991 24 0,797 67,85 93,90 78,18 446,67
2000 60 0,842 70,26 95,59 88,62 596,65
                                                 Fonte: Cide-RJ


melhorespraticas
O Brasil é internacionalmente conhecido por seu futebol, seu Carnaval, suas praias e, infelizmente, por suas favelas. De acordo com o Censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no final do século XX o país tinha 3.905 favelas - 22,55% mais do que o registrado em 1991. O tema continua na pauta do dia. Há anos os noticiários de TV mostram cenas de combate nos morros do Rio de Janeiro - onde 19% dos habitantes vivem em cerca de 750 favelas. . As mazelas, mal ou bem, são conhecidas.

  
As habitações irregulares respondem por 40% das construções no Rio de Janeiro; e 19% da população carioca vive nos morros. É impossível ignorar as favelas
Esta reportagem está sob o rótulo Melhores Práticas por trazer algo novo, a informação sobre uma experiência de sucesso: o Posto de Orientação Urbanística e Social (Pouso), da Secretaria Municipal de Urbanismo do Rio de Janeiro, que atua em 60 favelas, alcança 58 mil domicílios e cerca de 250 mil pessoas. Em dezembro passado, o programa recebeu o Prêmio Medellín no 1º Concurso Latino-Americano e do Caribe para a Transferência de Boas Práticas, organizado pela Fundação Hábitat Colômbia em parceria com a prefeitura de Medellín e com o Fórum Ibero-Americano e do Caribe sobre Melhores Práticas.
melhorespraticas1Tânia Castro, coordenadora do Pouso, e um arquiteto caminham pela ruas da Quinta do Caju, onde mais de 15 mil moradores já obtiveram o Habite-se
Concorreu com 162 projetos de 14 países e 72 cidades. Além do prêmio de 10 mil dólares, a prefeitura se classificou para a final do Prêmio Dubai 2006, uma espécie de copa do mundo da administração pública que ocorre a cada dois anos. Técnicos da prefeitura de Medellín, na Colômbia, já anunciaram que pretendem implantar ainda neste ano um projeto piloto similar ao Pouso na comunidade de Moravia.
E a experiência deve ser replicada também no Peru. No ano passado, o ministro da Habitação, Construção e Saneamento do país, Carlos Bruce, visitou o Morro do Borel, e a comunidade Quinta do Caju - ambos beneficiados pelo Pouso. "Esse trabalho é magnífico por sua grandiosidade e complexidade, e vai mudar completamente o perfil da favela, facilitando o dia-a-dia de seus moradores. Meu objetivo é levar essa experiência bem-sucedida para meu país", disse na ocasião.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Um dia sem celular...


As mãos tremem e o corpo sua frio. O coração bate acelerado e só de pensar na possibilidade de ficar longe dele bate uma angústia sem tamanho. Agitação e insônia também podem acontecer – afinal, e se não estiver funcionando no dia seguinte também, como viver? A sensação ruim, enfim, só vai embora quando os dedos sentem o toque das teclas e a luz do visor ilumina os olhos. Ficar sem celular, de novo, nem pensar.
O exemplo acima é exagerado e mais adequado para descrever um viciado em drogas, mas serve para falar sobre um novo sintoma que tem se tornado objeto de pesquisas bem sérias. Trata-se do medo de ficar sem celular – ou nomofobia, como uma pesquisa inglesa está chamando a “doença” moderna. O termo vem da expressão “no mobile fobia”, ou “fobia de ficar sem celular”, em uma tradução livre, e, de acordo com os dados coletados neste estudo, já existem motivos para se preocupar.
Das cerca de mil pessoas entrevistas no Reino Unido, 66% delas declararam que ficam “muito angustiados” com a ideia de perder o celular. Entre jovens de 18 e 24 anos, o índice é maior ainda: 76% deles abominam a ideia de viver sem o aparelho, segundo pesquisas. Na França, a empresa Mingle fez um estudo parecido, que também mostra resultados curiosos. Lá, 34% dos jovens de 15 a 19 anos acham “impossível” ficar mais de um dia sem celular. 
E não é só isso não..
Foi comprovado que
Desde que foi inventado, o telefone celular se transformou em febre, objeto de desejo e verdadeira mania em vários cantos do mundo. No Brasil, já há mais aparelhos móveis do que fixos. Na Itália, o telefonino é uma paixão nacional – um vício que alimenta negócios e irrita os que têm de ficar ouvindo as conversas alheias. Preocupada com os efeitos dos celulares na população, a associação de consumidores italiana Codacons encomendou a seguinte pesquisa: convocar 300 voluntários e impedi-los de usar seu aparelhinho durante 15 dias. Um grupo de psicólogos acompanhou os trabalhos e estudou as reações. Apenas 30% dos voluntários não sentiram nenhuma falta do celular. Os outros desenvolveram problemas de todo tipo, até sintomas de algumas doenças. Veja aqui alguns dos resultados mais curiosos (e assustadores):
DEPENDÊNCIA
De cada 10 pessoas, sete disseram que “não conseguem viver” sem seu aparelho de telefone celular na bolsa ou na pasta.
BLOQUEIO
75 pessoas (25% dos voluntários) relataram que a falta do telefone afetou sua autoconfiança, levando a desentendimentos e problemas sexuais com o(a) parceiro(a).
ABSTINÊNCIA
Dessas, 48 recusaram qualquer tipo de aproximação sexual com o(a) parceiro(a) durante os 15 dias de duração do teste.
SINTOMAS
Depressão e perda de apetite foram os principais problemas detectados pelos italianos durante a realização da pesquisa.

Do outro lado da cortina....


A verdade é que vivemos procurando a felicidade.
Essa procura é tão forte que já nos anos 90, do século passado, cientistas de alguns dos maiores centros de estudos de Psicologia da atualidade (Harvard, Yale, Pensilvânia, Michigan) se reuniram para tentar entender melhor o caminho que nos leva à felicidade. Foi o nascimento da de Psicologia Positiva que reúne interessados em promover a felicidade humana, focando nas virtudes e emoções positivas. 
Esses estudos anteriores que confirmaram o poder de cura em cerca de 70% dos pacientes com algum problema ou sofrimento.
Esses pesquisadores chegaram à conclusão que emoções positivas e a felicidade são muito mais que apenas promover o bem estar. Perceberam que emoções positivas, tais como alegria, otimismo, esperança, perdão, prazer, estar bem com a vida, etc. potencializam nossos recursos intelectuais, sociais e físicos que nos ajudam nos momentos difíceis e nos tornam mais abertos a novas experiências e ideias.
Não podemos ficar por aí alheios a nós mesmos, ou pior somente olhando para as nossas imperfeições.   Problemas sempre existirão, a felicidade não está ligada a falta deles, temos que trabalhar as virtudes superar os obstáculos que surgem.
Só podemos ter autoestima se nos conhecemos. Não adianta apenas dizermos “eu me amo”, mas tem que saber por que você se ama?
Para a Psicologia Positiva a formula da felicidade consiste em 40% determinada por nossa vontade em trabalhar por ela, 10% tem a ver com as circunstâncias da vida e 50% de condições genéticas. Só que essas pesquisas que dão peso de 50% para a genética se esquecem, que tudo depende do esforço e do benefício e com exercício até o cérebro pode ser mudado.
O fato de ser feliz é fazer um balanço da sua vida e entre emoções positivas e negativas, pesar mais para o positivo, pois os problemas vão existir sempre. As pessoas têm que trazer para o lado emocional o que já aprenderam no lado físico, sobre bem estar e qualidade de vida. Podemos ser felizes se investirmos em coisas positivas.
Na vida sempre temos dois caminhos a escolher: olhar o lado positivo das coisas e tirar o que elas têm de melhor, ou absorver a coisa ruim e se frustrar. Eu aprendi que é mais fácil trilhar o lado positivo, é muito mais fácil.
A felicidade não consiste apenas em bons momentos e nem viver alegre 100% do dia.
Ser feliz é enxergar nas imperfeições do mundo as coisas perfeitas. Ser feliz é se permitir ser imperfeito.
Para encontrarmos a felicidade temos que ter comprometimento com a vida, pensarmos positivamente focando no que se tem de bom, nos momentos ótimos e não somente remexer as feridas.
É preciso aprender que as pequenas vitórias podem nos dar muitos momentos felizes e nos levar a felicidade. 
Ficar procurando loucamente a felicidade que as propagandas, novelas e filmes nos vendem, desviam e nos distraem para que percebamos as pequenas felicidades que acontecem e fazem parte do nosso dia a dia.
O que nós faz feliz?
Pequenas coisas como aquela chuva que refresca depois dessa estiagem toda, o primeiro café do dia, uma frase carinhosa da pessoa que amamos aquele jantar com uma taça de vinho com a pessoa amada, um filme que nos faz rir, um encontro com amigos, à vitória do seu time do coração e muito outras pequenas coisas. Mas isso só acontece quando não estamos desatentos e entendemos que isso é sim felicidade.
Para que nos distraímos pensando naquele problema que nem merece tanta atenção, ou porque não tem solução ou porque nem chega a ser um problema. Para que nos concentramos em algo que nos causou raiva, frustração ou mau humor e ficarmos cego para todo o resto que nada tem a ver com aquilo.
Para que parar na infelicidade?
Não podemos passar a vida esperando a mega-felicidade: o amor das novelas e dos filmes, os filhos perfeitos, a carro que vai impressionar os amigos, o poder e o sucesso traduzido na conta bancária, o emprego que só traz alegrias. Enquanto isso, as pequenas felicidades vão passando, completamente despercebidas.
Temos que parar de viver no futuro: “quando eu encontrar o homem (mulher) da minha vida”, “quando eu comprar aquele apartamento”, “quando meus filhos crescerem”, “quando eu trabalhar numa empresa que reconheça meu talento”, “quando…”, “quando…”, e esquecermos o presente não desfrutado nem a metade do que ele nos trouxe.
Pare para ver o que ocorreu de bom no seu dia a dia, valorize as pessoas que ama, reconheça e seja grato a todo momento por tudo que existe na sua vida (pessoas, momentos, situações) e não deixe de praticar todo dia atos de altruísmo.
Pequenos gestos em prol dos outros nos ajudam sentir mais positivos.
Hora de mudar, pense positivamente e encontre a felicidade.