Aprendi que, em muitos casos, o silêncio acaba sendo a melhor resposta! Através dele, não permitimos que as palavras causem mais mágoas a nós e nem aos outros... O silêncio tem poder curativo, pois nos possibilita avaliarmos interiormente nossas ações ...
Não sei quanto aos outros, mas eu tenho o meu limite e tolerância para verbalizar sentimentos, pensamentos e opiniões...
Percebo
que quase todos passam boa parte do tempo explicando-se por atitudes
suas, justificando as dos outros, dando respostas a tudo e todos por
coisas que nem sempre precisam de respostas. Às vezes os fatos estão tão
claros e visíveis que não precisamos responder nada... Faz parte de
minha natureza conciliadora querer resolver tudo o que for possível
através do diálogo, porém, há momentos em que não temos êxito e,
infelizmente, ficamos a mercê das conclusões e julgamentos dos outros. E
muitas pessoas carregam em si, em sua forma de verem o mundo e aos
outros; uma maldade absurda que antecipa conclusões errôneas e injustas!
Não vou discutir aqui sobre justiça ou o que seja certo e errado,
afinal, cada um tem o seu modo particular, a partir de suas
experiências, de agir e pensar como quiser...
Muitas
brigas são alimentadas justamente porque as partes sempre estão
dispostas a defenderem os seus interesses e opiniões, então, verbalizar
acaba sendo a saída para que as defesas e acusações sejam mantidas. É
uma luta interminável e quase sempre sem vencedores! Ontem, meu marido
me disse que as brigas são como partidas de tênis... rsrs... Se houver
jogador do outro lado, rebatendo a bola, o jogo durará e poderá, até,
levar os jogadores à exaustão física e emocional! É verdade! Quando não
tem rebatedor, disse ele, a bola cai e o jogo acaba! Eu sei que é
difícil, muitas vezes, não reagirmos às ofensas e não rebatê-las, às
vezes até com brutalidade, demonstrando toda a fúria causada; porém,
onde isso nos leva?
Eu sempre pensei que todas
as pessoas, por mais defeitos que tenham, merecem crédito, carinho,
atenção e compreensão. Um grande amigo e mestre, uma vez me disse que
não podemos desistir
do ser humano porque todos têm direito a erros e acertos. A própria
justiça permite que até mesmo o pior criminoso tenha direito à defesa...
Mas, no dia-a-dia, agir com todo esse senso de justiça nos exige muito
mais do que bom coração ou compaixão. Exige forças que nem sempre temos
e, por mais que tentamos encontrá-las, nossos problemas (que também
pedem por soluções) impedem que a encontremos.
Então,
apesar de alguns acharem que é sinal de fraqueza, fuga ou medo de
encarar o “adversário”, aprendi que, em muitos casos, o silêncio acaba
sendo a melhor resposta! Através dele, não permitimos que as palavras
causem mais mágoas a nós e nem aos outros... O silêncio tem poder
curativo, pois nos possibilita avaliar interiormente nossas ações e o
rumo que nossos pensamentos nos levam. Também faz com que o “adversário”
reflita sobre os seus julgamentos e acusações.
Passei
boa parte da minha vida ouvindo o meu pai dizer: “Quando um não quer
dois não brigam!”mas tambem quando eu quero a porrada come mesmomas porem, confesso, demorei muito para colocar isso em
prática. Fico sempre assustada em ver como as pessoas fazem da vida um
verdadeiro campo de batalhas, acreditando que todos querem brigar e se
ferir! Passam o tempo todo armadas com seus pensamentos e conclusões
maldosas, julgam e enxergam a todos como inimigos, e partem para ataques
insanos! Certamente a vida não é fácil para ninguém e todos nós já
passamos (ou estamos ainda passando) pelas provações, mas isso não dá o
direito a nós e às pessoas para saírem agredindo quem surge à frente!
Tenho
como princípio o lema: “se não posso ajudar, também não atrapalho”,
então, em casos assim, deixo o meu silêncio como remédio... E espero que
ele possa curar não apenas a mim, mas àqueles que não exercitaram o bom
senso e pensamento antes de proferirem suas duras palavras.
Sendo
assim, deixo o meu silêncio como resposta... Precisamos escutar o som
da vida e encontrar nela as respostas sobre nossas atitudes e modo de
viver...
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