A prepotência do brasileiro em
relação ao futebol chega a ser algo impressionante! Nossa soberba noz
faz achar que ainda somos os melhores do mundo e, que só nós sabemos
jogar bola. Sim, para aqueles que pararam no tempo isso é verdade, no
entanto, um meio de campo formado por Clodoaldo, Gérson, Pelé e
Rivellino, ou, com Falcão, Sócrates e Zico, infelizmente faz parte de um
passado distante!
Nossa realidade é outra e bem
diferente. Aqueles que nos temiam, hoje nos enfrentam de igual para
igual. E de imitados passamos a imitar! O melhor jogador do mundo é
argentino, que briga pelo trono com um português, onde ambos atuam no
campeonato espanhol. E por falar na Europa, qual é o grande craque
brasileiro que hoje brilha lá fora?
Sim, dormimos em berço
esplêndido, ou seja, enquanto todos evoluíram e se aprimoraram, nós
congelamos no tempo! Nessa semana, com a saída do Mano Menezes do
comando da Seleção Brasileira, uma discussão muito interessante tomou
conta dos programas esportivos: a hipótese de um treinador estrangeiro
assumir a Seleção! Pelas pesquisas realizadas em vários veículos de
comunicação, o nome de Pep Guardiola ficou disparado em primeiro lugar,
inclusive, fiquei perplexo com a quantidade de bobagens ditas por alguns
dos nossos treinadores a respeito dessa possibilidade!mas a verdade é que
O futebol profissionalizou-se há muito tempo. No Brasil, isso se deu em
1933, ou seja, há 79 anos. Ainda assim, em outras épocas, não havia se
transformado no negócio bilionário que o caracteriza atualmente.
Jogadores e seus empresários ganham verdadeiras fortunas com as
transações de um clube para outro. O futebol tornou-se um negócio tão
bom e vantajoso que futuros craques são procurados com avidez por
empresários, ansiosos por faturarem altas somas representando-os e
transacionando-os. Isso acabou se refletindo, até mesmo, no calendário
de competições. Novos torneios e campeonatos Sub-15, Sub-17 e Sub-20
surgem a cada dia. Agora, por exemplo, a CBF anunciou a criação da Copa
do Brasil Sub-20, que será classificatória para a Libertadores Sub-20,
competição que já teve duas edições sem que, praticamente, ninguém
soubesse. Não é de se estranhar. Essas competições, tanto as de clubes
como as de seleções, não visam levar pessoas aos estádios, nem atrair
telespectadores. Seu intuito, ainda que não confessado por seus
promotores, é servir de chamariz para os empresários, facilitando sua
tarefa de prospectar novos talentos que possam render muito dinheiro. Os
jogadores, como se fossem gado numa exposição, mostram o seu futebol
para olhos gananciosos. Os jovens jogadores, antes mesmo de fazerem
história nos clubes que os revelaram, já são negociados para o exterior,
garantindo sua independência financeira e proporcionando polpudas
comissões para seus procuradores e representantes. Nesse comércio
milionário, em que tantos ganham, só o torcedor é que perde. Afinal, os
craques que poderiam lhe encantar a cada jogo, cedo saem em busca de um
salário com muitos zeros à direita. O futebol, a cada dia, vai deixando
de ser um esporte, e se transformando, apenas, em mais uma forma de
fazer a fortuna de uns poucos à custa da paixão de muitos.
que saudades eu tenho da decada de 80 .....
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