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Olá estou formulando uma enquete para saber quais tipos de assuntos e dicas para assim melhorar nossa comunicação , pesso por gentileza que mandem um email para .......andreexploid09@gmail.com.......

sábado, 25 de agosto de 2012

Voçê não sabe com quem está se metendo.....


Estava eu prestes a uma discussão de forma democratica , aíííí um(a) palhaça cidadã me disse voçê não sabe com quem está se metendo como se ela  fosse a autoridade máxima  naquela hora ou escorando-se num parente , foi ai que então falei desce do palco.......acorda pra vida tu és funcionária (o) publico trabalha igual a mim.......quer tirar onda . escuta essa....
É comum no Brasil, casos de pessoas influentes, dotada de luzes sociais, holofotes aquecidos, reluzentes e incandescentes, querendo se valer de suas qualidades especiais para ingressarem em locais aberto ao público, geralmente acessível com o pagamento de ingressos, exigindo tratamento diferenciado e almejando auferir vantagens com a utilização da chamada carteirada.
São geralmente, autoridades públicas ou políticas impregnadas com porção de poder decisório.
Algumas vozes são levantadas. Questionamentos são feitos. Afinal de conta é crime, ilícito civil, é ato imoral ou não existe nenhuma repercussão no campo jurídico para esse fenômeno? A Lei 12.299, de 27 de julho de 2010, Estatuto do Torcedor, em seu artigo 13-A, impõe várias condições de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo, dentre elas “estar na posse de ingresso válido”.
A carteirada é considerada ingresso válido? De início, deve considerar que a lei penal não pode se afastar do princípio da taxatividade, que serve de proteção social contra os desmandos estatais. Assim, as condutas típicas, merecedoras de punição devem ser claras e bem elaboradas. Os tipos penais não podem ser dúbios e repletos de termos valorativos porque isto poderia dar ensejo ao abuso do Estado.
Faremos uma primeira abordagem na Lei 8.112/90 que estabelece regime único para os servidores civis da União e versa no em seu art. 117, IX: “Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública”.
Pode configurar, consoante posição doutrinária, ato de improbidade administrativa no sentido de qualquer ação ou omissão que atente contra os Princípios da Administração Pública, violando os deveres de honestidade e impessoalidade, entre outros, deitando âncoras no artigo 11 da Lei 8.429/92.
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: I – praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência;
Agora diretamente ao assunto. Existe conduta típica para quem se utiliza do expediente da carteirada para ingressar em locais aberto ao público, como espetáculos, campo de futebol, cinema, teatros e outros?
A doutrina brasileira, muito vazia de conteúdo normativo, extremamente vacilante, com fúteis agressões ao princípio da taxatividade, caminha para duas direções:
A primeira posição entende que a carteirada se subsume no tipo penal de concussão, previsto no artigo 316 do Código Penal Brasileiro.
“Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida”.
A segunda posição entende que o comportamento se agasalha no artigo 4º da Lei 4898/65.
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal;
O ponto nevrálgico da questão quanto à configuração do crime de concussão se esbarra naquilo que vem a ser “vantagem indevida”. Ensinam os doutrinadores Damásio de Jesus, Celso Delmanto e outros, que vantagem indevida na conduta concussional deve ser patrimonial. Em sentido contrário, leciona com maestria o jurista Guilherme de Souza Nucci, em sua Obra Código Penal Comentado – 4ª Ed. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2003, pág. 863):
“…vantagem indevida: pode ser qualquer lucro, ganho, privilégio ou benefício ilícito, ou seja, contrário ao direito, ainda que ofensivo apenas aos bons costumes. .. há casos concretos em que o funcionário deseja obter somente um elogio, uma vingança ou mesmo um favor sexual, enfim, algo imponderável no campo econômico… Não se tratando de delitos patrimoniais, pode-se acolher essa amplitude”.
Na mesma linha de pensamento ensina o jurista Bento de Faria, Código Penal Brasileiro Comentado. Vol. II. 2ª Ed. Record. Editora: Rio de Janeiro, 1959, pág. 99, ao tratar do elemento material do crime vantagem indevida, já afirmava que:
“… pode ser expressa por dinheiro ou qualquer outra utilidade, seja ou não de ordem patrimonial, proporcionando um lucro ou proveito”.
Já o professor Fernando Capez leciona no mesmo sentido, afirmando que não se cuida, no caso, de crime patrimonial, mas de delito contra a Administração Pública.
Tutela-se a “…regularidade da administração, no que tange à probidade dos funcionários, ao legítimo uso da qualidade e da função por eles exercida”, no dizer de Mirabete (Manual de Direito Penal, Vol. III, 19ª Ed. Atlas: São Paulo, 2003, pág. 319).
Segundo parte da doutrina, a restrição da incidência da norma que incrimina a concussão é homenagear a impunidade e atentado aos Princípios da Moralidade e da Impessoalidade, que regem a Administração Pública, Constituição Federal e, mais que isso, afrontar o Princípio da Isonomia, trazido expressamente no caput do art. 5º, que impõe que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza…”.
Na recente Decisão prolatada nos autos de um processo envolvendo o Sindicato de restaurantes e bares de Brasília, o Ministério Público Federal entendeu que a “carteirada” é ilegal e constitui crime “O uso indevido de identidade funcional por parte de policiais federais para, fora de serviço, ingressarem em estabelecimentos ou eventos privados, como meio de isentar-se do pagamento de entrada a todos cobrada e/ou de despesas de outra natureza, constitui, sem dúvida alguma o delito de abuso de autoridade, tipificado no art. 4º, alínea h, da Lei 4.898/1965 (ato lesivo do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder)(…)”.
Passamos então a analisar duas situações que podem ocorrer: Se o promotor do evento não oferece objeção quanto à carteirada não se pode atribuir tipicidade penal a esse fato. Aqui não há que se cogitar concussão, porque não há exigência, uma das elementares da conduta típica. Não de pode falar em abuso de autoridade, pois mesmo que haja ato lesivo ao patrimônio da pessoa natural ou jurídica. Com a entrada da autoridade sem o pagamento, a permissão dos promotores do evento afasta a tipicidade, diante da disponibilidade do bem jurídico patrimonial.
Aqui poderia se cogitar do instituto do consentimento do ofendido, que funcionaria como causa supralegal de afastamento da ilicitude. Mas antes mesmo de se chegar ao segundo momento de análise do delito, numa concepção tripartida, poder-se-ia utilizar-se da atipicidade penal.
Mesmo sendo o crime de ação penal pública incondicionada, que num processo de desconstituição do tipo, estaria afastada a conduta ilícita pela possibilidade da disponibilidade do objeto. Portanto, trata-se de fato atípico.
Se os promotores do evento agora não permitem a carteirada. Como fica essa situação?
Considerando as penas previstas para as duas condutas, a resposta penal que mais se aproxima do princípio da proporcionalidade é a do abuso de autoridade.
Querer atribuir concussão que prevê pena de 02 a 08 anos de reclusão, além da multa para essa conduta é adotar o direito penal do inimigo para as autoridades que se utilizam desse expediente. Aqui nos parece espetáculo cabotino, fruto de aparições midiáticas.
O que se percebe hoje no Brasil é a febre das Recomendações normativas de órgãos públicos.
Há recomendação até para que a Polícia informe endereços residenciais atualizados de policiais, verdadeiro aborto jurídico, sem contar das proibições de entrada de autoridades em campos de futebol, utilizando-se das chamadas carteiradas.
O Egrégio TJSC, num julgado especificamente acerca da recomendação do MP decidiu-se que aquele que não quer cumprir uma recomendação do Ministério Público não precisa atacá-la na Justiça. Como a recomendação não tem caráter coercitivo, basta desconsiderar a opinião, firmando entendimento que “não há como combater uma simples recomendação; caso haja discordância quanto ao seu conteúdo, cabe ao autor meramente a desconsiderar”.
Por derradeiro, é bom frisar que se aprende desde o início nos bancos das faculdades de Direito que num estado democrático de direito apenas se cumpre ordem judicial ou lei.
Assim, decisão judicial não se discute, se cumpre, podendo ser combatida com utilização das vias recursais exaurientes, e a lei, sendo aquela formada pelo processo legislativo, entendido como um conjunto de atos realizados pelos órgãos legislativos visando a formação das espécies normativas previstas no artigo 59 da Constituição Federal de 1988.
O processo legislativo é uma imperiosa exigência do Estado democrático e social de Direito, não sendo válida uma espécie normativa sancionada sem, necessariamente, ter percorrido todos os passos previstos pela Constituição.
Num raciocínio lógico, tendo a Constituição como balizamento do ordenamento jurídico, todas as demais espécies normativas são dela diretamente decorrentes. Destarte, o art. 59 da CF/88 prevê a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções.
Concluindo, é razoável o entendimento de que a conduta carteirável-liberatório pode ser considerada ilícito penal de abuso de autoridade, prevista no artigo 4º, alínea h, em havendo recusa do promotor do evento em permitir a entrada das autoridades que não estão em efetivo serviço. Mas é bom salientar que a norma regente é a Lei 4898, em vigor desde 1965, e não uma Recomendação ou memorando normativo que não possui caráter coercitivo, nem vinculante, mas apenas didático. Não há necessidade de recomendação onde existe lei determinando ação ou abstenção de condutas. “Interpretatio cessat in claris”. Assim, não se perde tempo e nem dinheiro para baixar um ato normativo recomendando as pessoas a não se matarem, pois o artigo 121 do Código Penal contém regra clara. Acredito mesmo que a melhor opção é a autoridade pública pagar o seu ingresso como qualquer cidadão do povo.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Ponto de vista.....


A questão inicial era descobrir quanto tempo alguém pode ficar sem comer ou beber, mais acabei descobrindo algo muito mais interessante. Pode-se viver só de luz? Sim, segundo algumas pessoas. - Continuem lendo antes de achar que eu ando em drogando.
Um adulto normal, em perfeitas condições físicas e de espírito - se é que isso é possivel, tem aquela velha frase "a medicina avançou tanto que é quase impossivel achar alguem totalmente saudável" -, pode ficar em média de 5 a 7 dias no máximo, eu disse no maximo, sem beber água e de 30 a 40 sem comer. (usp)
Mais enquanto eu navegava de cá pra lá na internet, começaram a surgim informações de pessoas que ficaram meses sem comer, até anos. È o caso da brasileira Evelyn Torrence que em 2001 estava a dois anos sem engerir alimentos - não sei seu estado agora. E o que ela fazia para se manter de pé? Se alimentava de luz solar.
No começou pareceu loucura, porem, casos e mais casos foram aparecendo e fui procurando mais a respeito. Existe até um sociedade que trata o assunto, a vivendo da luz. Muitas pesquisas ciêntificas foram feitas e existe uma semi-explicação para toda a coisa.
Funciona assim, a pessoa toma banhos de sol e faz caminhas olhando para o sol. Este entra pelos olhos e energisa a pessoa. Calma, não é tão loucura assim, existe um nome para isso: "Prana". A Vivendo De Luz tem um programa de 21 dias para a transição de um vida normal para uma vivendo só de luz. Você começa aos poucos, olhando poucos minutos para o sol e vai aumentando esse tempo. No final, você passa 30 a 40 minutos olhando o sol e poderar viver só de luz. Seria como a fotossíntese realizada pelas plantas que, no caso dos humanos, seria feita pelas glândulas pineal e hipófise.
Pesquisas foram feitas a respeito, não é só um boato, mais ainda não se sabe até onde isso é verdade. Algumas coisa foram notadas, mudanças em algumas áreas do cérebro, as pessoas que adotam a filosofia geralmente praticam Yoga outra prática de auto-controle. Sabe-se que pessoas normais usam menos de 10% do cérebro, e na hora de respirar só 10% dos pulmões, essas pessoas - em teoria- conseguiriam aproveitar melhor esses "desperdícios" e mudar o funcionamento do corpo.(saude integral)
Alguém já ouviu falar do ciclo de Crebs? Ele é um ciclo que acontece dentro das células e termina por gerar água. Será que é algo ligado ao assunto? Sinceramente não sei, não duvido e não acredito. Mantenho-me de olhos abertos.
por outro lado....
O jejum um ou dois dias por semana pode proteger o cérebro contra doenças degenerativas como mal de Parkinson ou de Alzheimer, segundo um estudo realizado pelo National Institute on Ageing (NIA), em Baltimore, nos Estados Unidos.
 
"


Segundo ele, seria suficiente reduzir o consumo diário para 500 calorias, o equivalente a alguns legumes e chá, duas vezes por semana, para sentir os benefícios.

O National Institute of Ageing baseou suas conclusões em um estudo com ratos de laboratório, no qual alguns animais receberam um mínimo de calorias em dias alternados. Estes ratos viveram duas vezes mais que os animais que se alimentaram normalmente.

Insulina
Mattson afirma que os ratos que comiam em dias alternados ficaram mais sensíveis à insulina - o hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue - e precisavam produzir uma quantidade menor da substância.

Altos níveis de insulina são normalmente associados a uma diminuição da função cerebral e a um maior risco de diabetes. Além disso, segundo o cientista, o jejum teria feito com que os animais apresentassem um maior desenvolvimento de novas células cerebrais e se mostrassem mais resistentes ao stress, além de ter protegido os ratos dos equivalentes a doenças como mal de Parkinson e Alzheimer.

Segundo Mattson, a teoria também teria sido comprovada por estudos com humanos que praticam o jejum, mostrando inclusive benefícios contra a asma. "A restrição energética na dieta aumenta o tempo de vida e protege o cérebro e o sistema cardiovascular contra doenças relacionadas à idade", disse Mattson.

A equipe de pesquisadores pretende agora estudar o impacto do jejum no cérebro usando ressonância magnética e outras técnicas.
e mais...
Normalmente, o estômago dá sinais de insatisfação após poucas horas sem comida. Imagine, então, ficar até um mês sem comer. De acordo com especialistas, esse é o período que o corpo humano pode aguentar sem a ingestão de alimentos, embora não haja um número definitivo. São vários os relatos de pessoas que, por escolha própria ou acidente extremo, ficaram em jejum prolongado e sobreviveram para contar a história. O recorde oficial é de mais de 50 dias.
Quanto tempo o ser humano pode se manter sem comida depende de diversos fatores. Para a endocrinologista Rosana Radominski, presidente do departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a sobrevivência sem alimento varia conforme o estado nutricional do indivíduo. "Após quatro dias, um indivíduo de peso normal já começa a se debilitar se ficar totalmente em jejum", explica.
Segundo o nutricionista Gabriel de Carvalho, diretor do Instituto de Nutrição Avançada, a reserva energética que cada um tem, ou seja, a reserva de gordura, é importante para a sobrevivência nesses casos. "Uma pessoa com excesso de gordura corporal precisará inicialmente apenas de água para sobreviver, enquanto uma pessoa magra ficará sem energia para suas funções celulares muito antes e, mesmo com água, morrerá mais cedo", justifica.
Greve de fome: sem comida por vontade própria
A greve de fome é uma das principais estratégias de resistência pacífica utilizada por prisioneiros políticos, líderes religiosos e ativistas de todo o mundo. Um dos casos mais conhecidos é o do famoso líder político Mahatma Gandhi. Em maio de 1933, ele principiou uma greve de fome em protesto à opressão britânica contra a Índia. Assim, Gandhi permaneceu por 21 dias em total privação de comida e com apenas alguns goles de água.

Os direitos dos animais também foram defendidos dessa forma. Em 1998, o ativista Barry Horne, cumprindo pena de 18 anos por posicionar dispositivos incendiários em lojas que vendiam casacos de pele, deu início a sua terceira greve de fome. Após 49 dias sem comida, ele precisou ser levado ao hospital para ser monitorado. O protesto deixou Barry com danos nos rins e problemas de visão. Em 2001, durante sua quarta greve de fome, o ativista faleceu em decorrência de uma insuficiência hepática.
A endocrinologista Rosana Radominski explica que, ao ficar sem comida por um período prolongado, o corpo apresenta sintomas de desnutrição, como emagrecimento, hipotensão e perda de eletrólitos, o que pode causar arritmias cardíacas, redução das proteínas e diminuição do tamanho dos órgãos - incluindo o cérebro -, torpor e, por fim, a morte. "Se a pessoa não tomar pelo menos líquidos, a evolução é muito mais rápida: há desidratação, parada de funcionamento dos rins, queda da pressão, arritmias cardíacas, falência dos órgãos e a morte", acrescenta.
Quando comer não é uma opção
Ficar sem comer, entretanto, nem sempre é uma opção de protesto. No final de 1991, o estudante de Medicina James Scott, então com 22 anos, viajou da Austrália para o Nepal para uma caminhada no Himalaia. Após uma tempestade, perdeu-se da trilha e, durante os 43 dias seguintes, sobreviveu apenas com bolas de neve derretidas e uma lagarta. Foi através de uma rotina disciplinada e pensamento positivo que sua história se tornou um dos principais feitos de sobrevivência já relatados, possibilitando a Scott escrever o livro
Perdido no Himalaia (Lost in the Himalayas, no original, em inglês). Ele relatou que, após 20 dias, já não sentia mais fome, embora sonhasse com comida. "A pessoa perde a fome porque entra em um estado de produção excessiva de cetonas por metabolismo de gorduras", esclarece Rosana Radominski.

Temperatura
O clima é outro fator importante, que pode colaborar para a sobrevivência do indivíduo sem comida. No calor, o corpo desidrata mais rápido, enquanto que, no frio, o corpo usa a energia acumulada para manter a temperatura corporal. As chances de sobrevivência em temperaturas amenas, portanto, é maior.

O caso de um sueco que ficou preso pela neve em seu carro durante dois meses retrata bem essa situação. De acordo com a polícia, o homem, de 45 anos e identidade não revelada, enfrentou temperaturas em torno de -30°C. Ao ser encontrado, o sobrevivente afirmou ter se alimentado apenas de neve derretida nesse período. Os médicos acreditam que ele tenha entrado em uma espécie de hibernação, com gasto mínimo de energia.
A ingestão de líquidos também é vital para prolongar o período de sobrevivência. "A água é o solvente universal que carrega todos os nutrientes até as células, possibilitando a vida", afirma Carvalho. Segundo ele, a água é essencial para a regulação da temperatura corporal, ajudando a resfriar o corpo.
Recordes
Foi justamente quando um homem tentou cortar seu suplemento de água que o ilusionista americano David Blaine pensou em desistir do desafio de se manter sem comida durante 44 dias, dentro de uma caixa erguida sobre o Rio Tâmisa, em Londres. "Volte para os Estados Unidos", gritou o sabotador, reforçando os protestos contra a investida de Blaine. Mesmo que lhe arremessassem ovos, gritassem indecorosamente e até lhe mandassem, via helicóptero de controle remoto, um hambúrguer por cima de sua morada temporária, Blaine conseguiu suportar o tempo proposto e pôde sair da jaula no dia 19 de outubro de 2003, emocionalmente abalado, 30% mais magro e recordista mundial, segundo o livro dos recordes.

Dois anos depois, outro ilusionista, o carioca Erikson Leif, foi ainda mais longe. Para isso, passou 51 dias, 22 horas e 30 minutos sem comer, alocado em uma cabine de vidro, a 9 m do chão, em Curitiba (PR). Leif entrou na caixa com 103kg e saiu com 78,5kg. Com o feito, riscou o nome de Blaine e assumiu o recorde oficial de jejum mais prolongado.
Desafio à medicina
Outra história surpreendente de sobrevivência é a do japonês Mitsutaka Uchikoshi, 35 anos, que aguentou 24 dias sem comida e sem água. O homem desapareceu ao escalar o monte Rokko, no oeste do Japão, com amigos. Conforme o relato, Uchikoshi deitou-se em uma área gramada, onde permaneceu até seu resgate, 24 dias depois. Ao ser encontrado, o estado do japonês era assustador: não tinha pulso, seus órgãos haviam parado e sua temperatura corporal chegara a 22°C. Os médicos acreditam que o sobrevivente tenha entrado em um estágio precoce de hipotermia.

Casos como esse, que desafiam a medicina, demonstram a força do instinto de sobrevivência humano. Segundo Carvalho, a ânsia pela vida e o equilíbrio emocional podem auxiliar nas adaptações metabólicas necessárias em um período inicial. Mas não dá para depender disso. Em caso de acidente, a fim de prolongar o período de vida, os especialistas recomendam evitar a exposição a altas temperaturas, movimentar-se apenas o necessário para economizar calorias e, assim que possível, buscar fontes de água doce e comida. Nada de se lançar numa caixa de vidro e dar uma de ilusionista.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Tão certo como .......


Distante de querer induzir, mas a INTUIÇÃO – instância a nosso ver mais perto das evidências particulares de vida da maioria das pessoas está sendo muito valorizada por tantos. Desenvolver essa capacidade não requer sacrifício, mas leitura dos movimentos que nos cercam em nossas diversas atividades cotidianas. Está provado que o nosso pensamento é forte instrumento de comunicação humana. Nós, humanos, funcionamos como se fossemos sua base de informação que gravita em torno dos nossos anseios mais simples e mais complexos. Enquanto “antenas” desse processo intuitivo, temos que permanecer ativos para fazer a real interpretação dos fatos e “sinais” que permanentemente povoam nossa tela mental como que a nos querer dizer algo. Nada a ver com telepatia, com espiritualismo, com mediunidade, embora não se possa negar essa possibilidade. Para o nosso contexto, basta que despertemos para os acontecimentos. Na condição de “antenas” desse processo, certamente não iremos captar “ondas” diferentes daquelas para as quais estamos aptos. Afinal, nenhuma antena AM capta sinais FM, embora possa sofrer interferências. Com os seres humanos acontece mais ou menos nesse viés metafórico. Quando uma mãe, por exemplo, tem mal presságio acerca de um filho, não raro acontece algo desagradável e vice versa. Se a mãe entender que é apenas o seu poder de ter gerado o filho que lhe dá essa faculdade, então dificilmente haverá uma evolução em sentido superior. Contudo se essa intuição continua e ela (a mãe, que também é mulher, irmã, etc.) desperta para compreender a lógica das mensagens intuitivas, certamente poderá canalizá-las positivamente. É como se o inconsciente passasse a ser consciente e a partir daí, mediante exercícios diários, poder-se-á valorizar mais os “sinais” destes novos tempos de conhecimento como substância e de amor como fundamento.
A intuição humana é um fenômeno tão bizarro quanto comum. Quem nunca sentiu aquele comichão na boca do estômago dizendo "tem alguma coisa aí"? Mesmo os casos em que não há tragédia no meio não são menos assustadores. Existem pessoas cuja intuição é tão poderosa que elas parecem capazes de ler a mente das pessoas. Não só das pessoas: o psicólogo americano Silvan Tomkins, por exemplo, enriqueceu apostando em cavalos porque, segundo ele, sabia se um animal poderia vencer "só de olhar a expressão no rosto dele". Mas e aí? Tudo isso é real? A intuição é mesmo capaz de ler mentes? E de prever o futuro? A resposta é contraintuitiva.

Mas o que é intuiçÃO, afinal de contas? Grosso modo, dá para dizer que existem 3 tipos bem diferentes. O 1º é aquilo de saber o que outra pessoa está sentindo sem fazer força. É "ler a mente" dos outros. O 2º tipo de intuição é o que tem a ver com a experiência: você pratica tanto alguma coisa que não precisa mais pensar para fazê-la - tipo trocar as marchas do carro. Só que algumas pessoas aprendem a fazer coisas bem menos banais. Quase sobrenaturais, na verdade. O 3º tipo é o mais polêmico. É o daquela
intuição do Júlio do Mamonas e da Cida do BBB: a capacidade de prever o futuro.

Então vamos começar por esse, claro. Do ponto de vista científico, nós temos premonições o tempo todo. É que prever o futuro pode ser algo tão simples quando saber que, quando um pit bull late para você de dentro de uma garagem com o portão aberto, é sinal de um grande problema pela frente. Nós precisamos desse nível básico 1 de premonição para sobreviver. Mas isso é algo tão automático que ninguém nem chama de "prever o futuro". Premonição para valer é algo mais complexo, como ter certeza de que um avião vai cair, certo? Você sabe disso. Mas seu cérebro não.


Ele trata os problemas simples e os complexos do mesmo jeito. Por exemplo: sua massa cinzenta tem 100% de confiança que, depois de um raio, vai vir o som de um trovão. Ok. E nesses casos, que dependem de leis regulares da natureza, ela acerta sempre. Mas o cérebro é gente como a gente: bastam esses pequenos sucessos que ele se empolga, fica se achando. Aí tenta prever coisas bem mais complexas, como as chances de seu avião sofrer um acidente.


Claro que ele não tem nenhuma competência para isso. Mas acha que tem. Então, num dia em que você estiver indo para o aeroporto e sentir que não deve embarcar, lembre-se: é que seu cérebro ficou computando o risco de o avião cair e, desta vez, concluiu que, sim, se você entrar na aeronave, acabou.

Só que tem uma coisa: se você não der ouvido a ele, embarcar e nada acontecer, a premonição errada vai para o lixo da mente junto com bilhões de outros erros de avaliação que o cérebro faz o tempo todo. E fica tudo por isso mesmo.


Já se você ficou com tanto medo que achou melhor não viajar e o avião acabou caindo, a certeza de que a
previsão estava certa será total. Até por isso as histórias de premonições nunca param: houve 51 acidentes com aviões comerciais em 2009. Se só um dos passageiros que deveriam estar nesses voos não embarcou por medo, temos um caso praticamente comprovado de premonição. Ou seja: a chance de que haja coincidência não é nada desprezível. E vale a mesma coisa no caso de quem prevê a morte de uma pessoa querida. A Cida do BBB sabia que a irmã estava doente. Havia uma preocupação natural. E mais: da mesma forma que o cérebro pode dizer que o avião vai cair e não tem outro jeito, ele pode dar um tilt e concluir por A + B que uma pessoa vai morrer num determinado dia. Isso é o que explica o caso de Cida.

Mas o lado puramente ilusório da intuição acaba aí. O que vamos ver daqui para a frente são fatos reais, ligados àqueles outros dois tipos de
intuição. E, justamente por serem fatos reais, concretos, são os que mais assustam.

Superpoderes do cérebro


Victor Braden percebeu que acontecia algo estranho toda vez que ele assistia a uma partida de tênis: viu que sabia quando um tenista ia cometer dupla falta. No jogo, para quem não sabe, o atleta tem duas chances de sacar. Então pode soltar o braço na 1ª e, se a bola for na rede ou para fora, parte para a 2ª tentativa. Dupla falta é quando ele erra nesta última. Bom, Victor percebeu que era só o tenista jogar a bolinha para cima, na fração de segundo entre o movimento de saque e o toque na bola, ele podia dizer "Putz, dupla falta!" que não tinha erro: o tenista perdia o saque. Nosso vidente aqui é um bem-sucedido treinador de tênis. Mas isso não parecia o suficiente para justificar tal desempenho. Duplas faltas são raras. Um jogador profissional pode sacar centenas de vezes e cometer só 3 ou 4 delas. "Cheguei a ficar com medo. De cada 20 palpites eu estava acertando 20!", disse Braden ao jornalista Malcom Gladwell (que narrou essa história em seu livro Blink, sobre intuição).


Que tipo de sutilezas de movimento Braden observava para diagnosticar um saque defeituoso antes que ele acontecesse? Ele não tem como responder. Simplesmente sabe se o tenista vai acertar ou não. E ele não é um caso isolado. Esse mesmo instinto guiou 6 especialistas diferentes em arte antiga quando eles viram o que estava sendo propagandeado como uma obra-prima da escultura grega. Era a estátua de um jovem nu supostamente datada do século 6 a.C. pela qual o Museu J. Paul Getty, nos EUA, tinha pago US$ 10 milhões. Análises conduzidas pelo geólogo Stanley Margolis, da Universidade da Califórnia, revelaram que a estátua estava recoberta por uma fina camada mineral, que só poderia ter sido formada ao longo de centenas de anos, ou mesmo milênios, de envelhecimento do mármore. Mas os especialistas bateram o pé: algo lhes dizia que a estátua era falsa. Eles não sabiam dizer exatamente por quê. Mas tinham uma sensação firme de que a estátua era falsa. Quem estava certo, a análise do geólogo ou o olhômetro instantâneo dos especialistas? O olhômetro. Pouco a pouco, investigações conduzidas pelo museu (depois que ele já tinha desembolsado a dinheirama para adquirir a estátua, infelizmente) mostraram, entre outras coisas, que os certificados de autenticidade da obra tinham sido falsificados; que uma escultura bem parecida com ela tinha vindo da oficina de um falsificador em Roma; e que a suposta cobertura mineral antiga podia ser produzida em dois meses, com a ajuda de bolor de batata. Pois é. A intuição
se mostrou mais racional que a razão.

O que Braden e os especialistas em arte sentem é aquele outro tipo de
intuição: o que melhora com a experiência sem que a gente se dê conta. Tudo de forma inconsciente.

O psicólogo Timothy Wilson, da Universidade da Virgínia, compara essa habilidade ao piloto automático das aeronaves. "A
mente trabalha melhor relegando ao inconsciente uma boa parcela do pensamento racional, assim como um jato de passageiros consegue voar com pouca intervenção do piloto."

Alimentar essa máquina inconsciente é simples. Se você joga tênis, pode ir acumulando tantas informações sobre o jogo ao longo dos anos a ponto de, um dia, prever se um tenista vai cometer dupla falta sem pensar um segundo.


Um experimento da Universidade de Iowa conseguiu flagar esse processo de aprendizado inconsciente no momento em que ele acontecia.


O experimento envolvia 4 maços de cartas, dois azuis e dois vermelhos. A missão dos voluntários da brincadeira era ir virando as cartas ao acaso: dependendo do que aparecia nelas, a pessoa ganhava ou perdia pequenas quantias em dólares. A sacanagem embutida na experiência é que as cartas vermelhas ofereciam um ou outro prêmio bacana, mas na maioria das vezes correspondiam a grandes penalidades, que fariam o jogador ficar sem nada se ele insistisse em virá-las. O bom mesmo era virar só as cartas azuis, que sempre traziam um prêmio considerável e, no máximo, penalidades suaves. O grupo de Iowa queria saber com que velocidade os jogadores perceberiam a maldade e passariam a preferir as cartas azuis. É aqui que a coisa fica maluca. Após virar, em média, umas 50 cartas, os participantes já passavam a evitar quase sempre os maços vermelhos. Mas eles não sabiam dizer o motivo. Eles só conseguiam explicar por que preferiam os maços azuis quando o número de cartas viradas chegava a 80. Para entender melhor o que se passava na cabeça dos participantes, os cientistas mediram suas reações fisiológicas. Então plugaram os sujeitos numa máquina que mede a produção de suor nas glândulas que as pessoas têm na palma das mãos.


Ora, como sabe qualquer pessoa que já tenha passado por uma entrevista de emprego, é comum que as mãos fiquem molhadas de suor quando estamos nervosos, um indicador clássico de estresse. Acontece que, em torno da 10ª carta virada - umas 40 cartas, portanto, antes de as pessoas conseguirem verbalizar a razão de seu desconforto -, o suadouro nas mãos ligado ao estresse já se manifestava diante do maço de cartas vermelhas.
Uma regra inconsciente já tinha se apoderado do sistema nervoso dos participantes sem que eles soubessem. A intuição dizia para eles tomarem a atitude certa antes que a parte racional do cérebro soubesse o que estava acontecendo. intuição 1 x 0 razão. E não é só no baralho que isso acontece, claro. Essa mesma lógica irracional pode determinar se um casamento vai dar certo ou não.

A equipe do psicólogo e terapeuta de casais John Gottman desenvolveu o que poderíamos considerar uma versão mais sofisticada do experimento das cartas. Foi um processo bem mais trabalhoso: ao longo de décadas, Gottman e companhia observaram e filmaram 3 mil casais em conversas supérfluas, sobre qualquer tema do relacionamento deles que tivesse desembocado em alguma discordância - o novo cachorro da casa, por exemplo.


Só para garantir a correlação entre o que era dito e as reações automáticas do organismo (muito menos mentirosas que as palavras), marido e mulher também eram plugados a medidores de batimentos cardíacos, temperatura da pele e produção de suor. Os pesquisadores da Universidade de Washington logo perceberam que apenas 4 indicadores eram suficientes para prever o fracasso de um relacionamento. Gottman apelidou esses indicadores de Quatro Cavaleiros (por analogia com os do Apocalipse): ficar na defensiva, dificultar a discussão, crítica e desprezo.


"Desses, no entanto, o desprezo de longe é o mais importante", afirma Paul Bloom, psicólogo da Universidade Yale (EUA) que adota a classificação proposta por Gottman. "A sentença de morte de um casamento não é quando o casal briga muito, nem mesmo quando eles parecem se odiar, mas quando há desprezo recorrente", diz Bloom. Pequenos sinais dessa emoção negativa em conversas, como rápidas viradas de olhos, especialmente se aparecerem com frequência, são marcas tão claras de que a coisa vai mal que a equipe de Gottman já está conseguindo índices de previsãopróximos a 90% analisando apenas 3 minutos de conversas em vídeo.


Para Gottman e seus colegas, o fato de que essas pequenas amostragens de conversas são o suficiente para prever o futuro de um casamento sugere que os relacionamentos possuem uma espécie de "pulso" ou "assinatura" constante, que tende a se repetir ao longo do tempo. Portanto, bastaria conseguir captar esse "pulso" de forma mais ou menos instantânea para saber o que vai acontecer no longo prazo. Se alguém recém-separado diz algo como "Intuí na lua de mel que o nosso casamento não daria certo", é que o cérebro dele, ou dela, pescou essas assinaturas sem pensar.


O mesmo fenômeno detectado nos casais está presente em outras formas de percepção ultrarrápida. Se você achou que 3 minutos é pouco tempo para intuir alguma coisa, precisa conhecer um estudo da psicóloga Nalini Ambady, da Universidade Tufts. Ela concluiu que dois segundos é o suficiente para que a sua
intuição seja capaz de tomar decisões. E acertar. Nalini mostrou para voluntários uma série de vídeos de dois segundos, cada um com um professor dando aula. O objetivo dos participantes era prever quais mestres seriam bem avaliados pelos próprios alunos e quais não. Note bem: os alunos tinham 6 meses de aula com o sujeito para dar seu parecer. Os voluntários, só dois segundos. E o que aconteceu? Os voluntários previram tudo certinho.

Não foi o único experimento assim. Em outro, Nalini colocou um vídeo mostrando vários cirurgiões. Alguns tinham sido processados por clientes. A tarefa dos voluntários era descobrir quais, enquanto eles falavam. Para complicar, a psicóloga usou um software que remove do vídeo as frequências da fala humana. Os voluntários só conseguiam perceber a entonação das vozes. E acertaram também!


Parece absurdo, mas você ainda não viu nada. Às vezes basta algo tão sutil quanto o movimento de um único músculo do rosto para você criar uma primeira impressão de alguém. E, como a primeira é a que fica, melhor prestar atenção na nossa próxima parte.


A verdade está na cara


Basta engatar uma conversa com alguém para um turbilhão inconsciente invadir sua cabeça. É a sua mente
tentando descobrir o que o outro está pensando e sentindo de verdade. Por exemplo: se você conhece duas pessoas em um dia, pode muito bem ficar com impressões completamente opostas de cada uma, mesmo que o teor das conversas tenha sido exatamente o mesmo. Uma pode parecer simpática e a outra falsa. Isso acontece porque a comunicação verbal não vale nada para o seu inconsciente. O que ele capta são as expressões faciais do outro. Se uma daquelas pessoas riu durante a conversa, mas sem mover os olhos, seu cérebro vai saber que aquilo é uma expressão forjada. Você pode nem perceber que viu um sorriso de mentira. Mas seu cérebro percebe - e isso vai afetar o julgamento que você faz do interlocutor. A análise de expressões faciais é tão instintiva que, se você cutuca um bebê que está na dele, brincando, ele vai olhar no seu rosto para saber se você é uma ameaça. E, se você simular que é uma ameaça, fazendo uma careta, por exemplo, ele vai dar logo seu sinal de desaprovação. Nada é mais amedrontador para um ser que nasce sabendo ler expressões do que um monte de músculos distorcidos na face. Apesar de fundamental, isso de ler a mente dos outros a partir de expressões sutis do rosto é uma ciência pouco estudada. Quase tudo o que se sabe disso vem do trabalho de dois cientistas: Silvan Tomkins, aquele psicólogo de Princeton que dizia saber ler as expressões dos cavalos, e Paul Ekman, seu pupilo, hoje professor aposentado da Universidade da Califórnia em São Francisco. Os dois, por sinal, servem de inspiração para o Dr. Carl Lightman, protagonista da série Lie to Me. Se você já assistiu, conhece o principal trabalho de Ekman: a descoberta das microexpressões. Ele catalogou, uma a uma, cerca de 3 mil combinações de movimentos musculares do rosto. O resultado foi um mapa quase completo das expressões humanas. Mas o principal veio depois. Após estudar horas e horas de vídeo de milhares de pessoas, ele percebeu a presença constante de movimentos faciais que duram uma fração de segundo. Eram movimentos correspondentes a emoções que, pelo visto, as pessoas estudadas estavam tentando ocultar. Alguém simulando bom humor, por exemplo, poderia mostrar muito brevemente os lábios estreitados que caracterizam uma expressão de raiva. A mera existência das microexpressões significa que nossos instintos podem ser capazes de ler a mente dos outros de forma muito mais complexa do que detectar sorrisos falsos. Tomkins que o diga. Ele tinha ido visitar Ekman em seu laboratório enquanto ele estudava as expressões de nativos de Papua-Nova Guiné. Algumas imagens eram da tribo fore, um povo bem pacífico. As outras eram dos kukukuku, um grupo guerreiro e sodomita, que obrigava os jovens da tribo a fazer sexo com mais velhos. Tomkins não sabia de nada disso quando começou a ver as imagens no laboratório. Mas então olhou para uma foto dos fore e disse: "Hum... Esse povo me parece muito educado e gentil". Então apontou para a de um kukukuku: "Este outro é violento, e estou vendo evidências de homossexualidade". Ekman ficou de queixo caído. Quando perguntou como Tomkins tinha adivinhado, o mestre só apontou para pequenas rugas e protuberâncias que caracterizavam as expressões no rosto dos fotografados. Era tudo o que o psicólogo precisava para entrar na mente deles.

Tomkins é um fenômeno, claro. Mas isso só significa que algumas pessoas sabem ler microexpressões melhor do que outras. Você mesmo pode ser um mestre nato nisso e não saber. Mas, se você tem certeza de que não é, não há nada perdido. Do mesmo jeito que um especialista em tênis aprende a ler todos os movimentos dos jogadores, com bastante treino você pode perceber expressões que passavam batido e melhorar sua capacidade intuitiva (e dá para começar com o jogo que você viu ao longo desta reportagem). Mas, mesmo que você fique bom nisso, é melhor usar com cuidado.


O próprio Ekman faz uma ressalva importante: a presença de microexpressões serve apenas para indicar que a pessoa está reprimindo certas emoções. Não é suficiente, portanto, para revelar o porquê dos sentimentos conflitantes. Uma cara de raiva disfarçada (veja no jogo) não significa automaticamente que a pessoa está brava com você. Pode ser por qualquer outro motivo. E isso você não tem como saber de forma intuitiva, claro. Outro problema de seguir as intuições cegamente: somos preconceituosos. Mesmo quando achamos que não. Quer ver? Então responda rápido: qual cidade é mais ao norte no planeta? Lisboa ou Toronto? A alternativa certa é a cidade portuguesa, não a canadense. Mas as imagens-clichê do Canadá sempre cheio de neve enganam a
intuição.

Um experimento de Keith Payne, psicólogo da Universidade da Carolina do Norte, mostra uma face mais sombria da mesma coisa. Payne colocava os participantes diante da tela de um computador. Aí aparecia rapidamente um rosto branco ou negro. Depois surgia na tela um desses dois objetos: ou uma chave inglesa ou um revólver. Tudo num piscar de olhos. E as pessoas tinham que dizer o que viram. O resultado? Elas identificavam mais rápido o revólver quando a imagem dele ele era precedida por um rosto negro do que por um branco. Payne, então, colocou os voluntários sob pressão: tinham de dar a resposta em meio segundo. Aí muitos passaram a dizer que a chave inglesa era um revólver quando ela aparecia depois do personagem negro. A única maneira de diminuir o preconceito inconsciente nas respostas era dar mais tempo para o pessoal determinar, com calma, o que tinha visto.


E, ei, isso vale para todo mundo: reflita bem antes de achar que viu sinal de um dos "Quatro Cavaleiros" dos relacionamentos no rosto de quem você ama ou de concluir que o sorriso do seu vizinho quando ele dá bom-dia não é verdadeiro. Pensar de menos, afinal, pode ser tão perigoso quanto pensar demais.

sábado, 18 de agosto de 2012

Raiva ......


O que é raiva?

A raiva é uma sensação composta de 3 componentes que interagem um com o outro (pensamento avaliativo, mudanças físicas e comportamento de raiva) que ocorre frente a um acontecimento desencadeador. Estes 3 componentes são capazes de influenciar um ao outro aumentando a intensidade da sensação. Pensamento avaliativo quer dizer o modo como interpretamos uma situação e acontecimento desencadeador se refere a algum evento externo, ou seja uma provocação. Comportamento de raiva quer dizer o que a pessoa faz quando está na situação que lhe dá raiva.

No exemplo a seguir pode se verificar a interação dos 3 componentes da raiva.

Exemplo: se o marido deixa de fazer o que a mulher espera (a provocação) , ela pode ter um pensamento avaliativo do tipo “ele nunca faz o que quero, droga, ele não presta mesmo!” Neste momento, o corpo reage e mudanças físicas ocorrem, o coração bate muito rápido, os músculos ficam tensos, a respiração fica ofegante e uma sensação de sufoco ocorre “. Ao notar essas reações físicas a esposa pode ter outro pensamento avaliativo” Puxa, ele me dá uma raiva!”O cérebro imediatamente percebe essas reações, aumenta a raiva e deslancha o comportamento de raiva, que pode ser brigar, gritar, ir embora, ficar calada etc. Este comportamento de raiva, por outro lado, tem o poder de aumentar mais ainda a raiva que a pessoa já sentia.

Outro exemplo, se alguém nos faz uma injustiça (a provocação), podemos avaliar o que ocorreu pensando “que desaforo, não posso deixar isto acontecer”. Neste momento, nosso corpo vai reagir com aceleração das batidas do coração, com tensão muscular, a respiração fica ofegante e sensação de sufoco que faz aumentar a raiva. ÀS VEZES, A RAIVA VAI CRESCENDO CADA FEZ MAIS DENTRO DA PESSOA ATÉ POR HORAS. NESTES CASOS FICA DIFÍCIL PARAR A RAIVA QUE JÁ CRESCEU MUITO. seguir, é provável que façamos algo para demonstrar que estamos com raiva, às vezes até maior do que a situação merecia.

Resumindo, o processo da raiva ocorre do seguinte modo:

Algo acontece na vida da pessoa:

1. ela interpreta o que ocorreu como uma afronta, ameaça ou injustiça pessoal
(pensamento avaliativo)
2. o funcionamento do seu corpo sofre mudanças: o coração bate rápido, os músculos ficam tensos e há a sensação de sufoco;

3. o comportamento agressivo ocorre
(ou raiva para dentro ou para fora)

Tenho o direito de ter raiva?
Todo mundo tem o direito de sentir. Raiva é um sentimento, portanto temos o direito de sentir raiva. Não é errado sentir raiva, o que pode ser errado é o modo como a expressamos, o que fazermos com ela. Não é necessário ter culpa por se sentir com raiva, mas reconheça que ela só é valida se estiver ajudando a pessoa a resolver o problema. Sempre pergunte a si mesmo se sua raiva está dentro do razoável e se você está sabendo fazer uso dela. Raiva dá energia e vigor e portanto pode ser útil para nos proteger de injustiças e abusos, porem ela deve ser mantida sob controle e usada de modo construtivo. A raiva passa a ser um problema quando ela é freqüente demais, intensa demais, quando dura muito , quando leva a agressão e violência e quando interfere nas relações interpessoais.

Por que se preocupar com a raiva?


Existem pessoas que sentem raiva com muita facilidade, que estão sempre sob o domínio deste sentimento. Suas ações, muitas vezes, fogem do seu controle. As conseqüências são graves para a sua saúde e se manifestam em termos de hipertensão, úlceras, depressão, obesidade, perda de emprego, abuso físico ou psicológico de familiares e amigos. A conseqüência inevitável disto é uma auto-estima prejudicada, relações interpessoais tumultuadas e um alto nível de stress emocional. Quando a interpretação que se dá a algo que ocorreu em nossa vida ultrapassa a ameaça, a injustiça ou a afronta, então, a raiva fica desproporcional e intensa.

A fim de evitar estas conseqüências e garantir à pessoa propensa à raiva uma vida de melhor qualidade e com um menor nível de stress, necessário se torna aprender estratégias que a ajudem sentir menos raiva e usar a raiva, que não possa ser eliminada, como força de energia positiva.

Estratégias para lidar com a raiva


1. Reconheça que está com raiva;
2. Aprenda a reconhecer os eventos desencadeadores da raiva em você;
3. Aprenda a reconhecer os 3 componentes da raiva: avaliação, reações físicas e comportamento de raiva;
4. Entenda que algo só se torna um “evento desencadeador” (uma provocação) pela interpretação que você dá a ele;
5. Entenda que as reações físicas da raiva têm o poder de aumentá-la;
6. Compreenda que o comportamento de raiva é o último a ocorrer e que portanto dá tempo de controlar seu comportamento de raiva;
7. Sempre tente quebrar o processo de reação da raiva na sua fase inicial , isto é, verifique se o seu modo de avaliar a situação desencadeadora da raiva (aquilo que você acha uma provocação) pode ser mudado. Para tal mude o seu diálogo interno, o modo como fala consigo mesmo;
8. Quando perceber que a raiva está caminhando para as reações físicas , que seu coração já começou a bater muito rápido, que seu corpo e mente estão ficando tensos , que está desenvolvendo uma sensação de sufoco, tente relaxar para ver se elimina essas reações. Experimente dizer para si mesmo:
“Cal... ma, cal ...ma”,
“preciso tomar cuidado para não deixar a raiva correr todo o seu processo”,
“vai ver que minha visão do que ocorreu pode ser aliviada: a respiração fica ofegante”,
“vou deixar para reagir amanhã, quando tiver avaliado a situação sem raiva”.
“Sempre posso reagir amanha se quiser”.
“Não vou correr o risco de ficar doente por causa da minha raiva”.
“Estou aborrecido, mas isto não é fim do mundo”.
”Quem mantém a calma mantém o controle”.
“Posso assumir o controle das minhas emoções”.
9. Ao mesmo tempo que vai dialogando consigo mesmo, respire profundamente pelo nariz e expire devagarzinho pela boca;
10. Tente encontrar modos construtivos de uso da raiva, por exemplo, faça ginástica, caminhe, dance, cante, ria, seja positivo, converse sobre ela.
11. Quando já estiver em controle da sua raiva, tente resolver a situação que o fez ficar tão aborrecido.
“Se você for paciente em um momento de raiva, você escapara de cem dias de arrependimento”
Esse post estava no meu blog antigo, mas no ultimo mes consegui alguns otimos feedbacks! Entao eu decidi posta-lo aqui tambem. Nao esta la muito ligado a minha vida aqui na Africa, mas nao deixa de ser um post interessante.
Raiva pode te causar grandes problemas. Um problema que é pequeno em seu começo pode piorar se lidarmos com ele com raiva. Não apenas esta situação ira piorar, mas também nossos relacionamentos com as pessoas irão se deteriorar. Logo, lidar com uma situação com raiva não fará bem algum.
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É por isso que é essencial controlar nossa raiva. Controlando a raiva seremos capazes de resolver situações com mais calma. Poderemos então exercitar nossa sabedoria e julgamento no problema em questão para alcançar a melhor solução. Como eu sou uma pessoa que fica com raiva algumas varias vezes (estou tentando trabalhar este lado), tem algumas dicas que eu acho útil quando estamos lidando com a raiva. Aqui estão elas – escolha as que funcionam melhor para você:
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1) Respire fundo
Respirar fundo é uma maneira fácil de acalmar os nervos. Será mais fácil seguir as outras dicas com a raiva um pouco mais controlada.
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2) Beba um copo d’água
Também é uma maneira fácil de acalmar os nervos.
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3) Tome um banho
Eu sei que não é possível em um grande numero de situações, mas se você puder tomar os efeitos são imediatos.
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4) Não fale enquanto estiver nervoso
Se você o fizer você será duro com os outros e isto será algo do qual você se arrependera. Existe uma boa frase sobre isso:
“ Quando nervoso, conte até dez antes de falar; se estiver muito nervoso, conte até cem.”
Thomas Jefferson
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5) Escute o que as pessoas tem a dizer
Continuando a dica anterior, alem de não falarmos enquanto estamos nervosos, nós devemos também a aprender a escutar. Preste atenção e tente entender o ponto da outra pessoa.
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6) Ande
Mudar sua situação é uma boa maneira de superar a raiva. Um jeito de fazer isso é dar uma volta la fora.
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7) Medite
Meditar é uma maneira eficiente de acalmar os nervos. Pode te ajudar a reconquistar sua paz interior.
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8) Escute musicas calmas
Eu gosto de musicas instrumentais, já que parecem ter um efeito calmante melhor, mas você pode escutar a musica que funcionar para você.
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9) Tenha expectativas reais
As vezes ficamos nervosos simplesmente porque temos expectativas irreais sobre as outras pessoas. Esteja certo de ter expectativas mais reais. Você não pode esperar que as outras pessoas sejam como você.
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10) Note que ninguém é perfeito
Todo mundo pode errar, incluindo você. Perceber isso será mais fácil para você entender quando alguém errar.
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11) Veja pelo ponto de vista da outra pessoa
Um jeito de fazer isso é se perguntando: “Como eu me sentiria se eu estivesse na posição dele (a)?”
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12) Fale com um amigo sábio
As vezes você simplesmente tem que conversar sobre o acontecido com um amigo mais sábio. Este amigo pode te ajudar a ver o problema pela perspectiva certa. Apenas cuidado para escolher a pessoa certa.
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13) Veja pelo lado positivo
Este é um habito que você deve desenvolver. O habito de ver as coisas pelo lado positivo ira lhe ajudar a ver muitas situações de maneira construtiva.
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14) faça exercícios
Você pode controlar a raiva dirigindo sua energia para uma diferente direção que não esta disponível para raiva. Um bom candidato é fazer exercícios. Correr funciona muito bem para mim.
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15) Aprenda a perdoar
Se você perdoar você não terá mais motivos para ter raiva para com a pessoa ou situação. Você pode então pensar em maneiras positivas de solucionar o problema.
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16) Pense no longo prazo
Normalmente ficamos nervosos porque pensamos muito no curto prazo e ignorarmos suas implicações num futuro mais distante. Vendo mais para frente seremos capazes de enxergar as conseqüências de nossa raiva. Aqui, mais uma frase:
“ Quando a raiva surgir, pense nas conseqüências”

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Ela me faz tão bem , ela me faz tão bemmm....


Música para o coração
Ouvir música pode ter efeitos benéficos para o sistema cardiovascular - mas só se for música agradável e da preferência do ouvinte. A afirmação é de um estudo feito por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Maryland e apresentada em reunião da Associação Norte-Americana do Coração, em Nova Orleans.
A pesquisa destaca os efeitos da música no funcionamento da circulação sangüínea. Segundo os autores, músicas selecionadas por voluntários entre as que produziam a sensação de bem-estar, ao serem ouvidas, ajudaram a promover a dilatação dos vasos e a aumentar o fluxo sangüíneo.
Músicas estressantes fazem mal ao coração
Por outro lado, músicas consideradas "estressantes" levaram à contração dos vasos e à redução no fluxo sangüíneo. "Havíamos demonstrado anteriormente que emoções positivas, como o riso, são boas para a saúde vascular. Desta vez, decidimos verificar se outras emoções, como as evocadas pela música, teriam efeito semelhante", disse Michael Miller, professor da Escola de Medicina da Universidade de Maryland e um dos autores do estudo.
"Como sabíamos que os indivíduos reagem diferentemente a tipos diversos de música, permitimos que os participantes escolhessem o que queriam ouvir, com base em seus gostos pessoais", disse.
Pessoas saudáveis e não-fumantes
Dez pessoas saudáveis, não-fumantes, com idade média de 36 anos, participaram em todas as quatro fases do estudo. Na primeira, os voluntários ouviram músicas que trouxeram ou indicaram como favoritas. Na segunda fase, ouviram música que os faziam se sentir ansiosos. Na terceira, foram submetidos a sons destinados a promover relaxamento e, na quarta, a vídeos humorísticos.
Quando não estavam no laboratório, os participantes evitaram ouvir músicas de que gostavam por pelo menos duas semanas. "A idéia era que, ao ouvir as músicas de que mais gostavam, eles tivessem uma dose extra de emoção", explicou Miller.
Efeito da endorfina
Os participantes foram submetidos a testes para determinar como o endotélio - a camada celular que reveste interiormente os vasos sangüíneos e linfáticos - responde a estímulos variados. O endotélio atua na regulagem do fluxo sangüíneo e na coagulação, além de secretar substâncias químicas em resposta a ferimentos ou infecções. Também tem importante papel no desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Segundo o estudo, o diâmetro dos vasos sangüíneos analisados (no braço) aumentou 26% após a fase de audição de músicas alegres e contraiu 6% após os voluntários ouvirem música que os deixavam ansiosos. O aumento foi maior do que nas fases de relaxamento (11%) e de assistir a vídeos que estimulavam risadas (19%).
Os pesquisadores destacam que a audição de músicas consideradas alegres pode afetar a atividade das endorfinas. "O componente emocional pode ter um efeito de mediação da endorfina. Mas os resultados do estudo até o momento indicam que a música pode representar uma nova estratégia preventiva para a saúde do coração


Musicoterapia é a utilização da música e ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) por um musicoterapeuta qualificado, com um paciente ou grupo, num processo para facilitar e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas (Federação Mundial de Musicoterapia, 1996).
A música é a forma mais antiga de nos expressarmos. De fato, a música é o homem e o homem é a música, pois ela toca em sentimentos profundos fazendo com que respondamos com todo o nosso ser. Ela já é benéfica antes mesmo do bebê nascer, pois já existem pesquisas comprovando que a escolha musical de agrado dos pais e a audição freqüente e principalmente prazerosa dessas músicas durante a gravidez, faz com que a criança, inclusive após o nascimento, seja capaz de reconhecer essa música e de tranqüilizar-se ao ouvi-la, segundo Stéphanie Sapin- Lignières (monitora perinatal).
Vários estudos confirmam a importância que a música tem para o bem estar do bebê, desde quando ele ainda é um feto e está no ventre da mãe. A música traz tranqüilidade para a mãe e para o bebê, introduzindo-o na sensibilização aos sons, desde muito cedo.
Não dá pra imaginar um mundo sem som e, se pararmos para analisar, quase todos os sons que ouvimos durante dia-a-dia, são como instrumentos musicais tocando alguma melodia: os pingos de uma torneira, os trovões, a chuva, as cigarras cantando lá fora, o arrastar de um chinelo ao andar, as ondas do mar explodindo na praia e tantos outros.
O estímulo musical deve começar na gravidez; a futura mamãe deve entoar canções infantis ou até mesmo ouvir música. Isso porque a partir do 7º mês de gestação, o bebê consegue reconhecer vozes, música e sons do ambiente, além dos batimentos cardíacos da mãe. Pesquisas revelam que o desenvolvimento da inteligência é bem maior nas crianças cujas mães cantavam para seus bebês, enquanto eles ainda estavam no útero. E esse resultado pode ser ainda mais benéfico se a mãe der continuidade ao estímulo musical da criança. Um dos benefícios do estímulo musical na gestação é, propiciar à gestante desvendar aspectos pessoais que desconhecia, além de ser uma importante vivência musical.
A musicoterapia, por ser uma intervenção terapêutica não-verbal, cujo objeto formal de estudo é o comportamento sonoro do indivíduo, baseia-se na hipótese da existência de representações internas de sons (vivenciados desde a vida intra uterina) que embora permaneçam inconscientes, permitirão que haja a formação de canais de comunicação sonoro não verbais.(Cascarani, 2004) É por meio do som, dos elementos musicais (melodia, harmonia e ritmo) e da intervenção do terapeuta, que o indivíduo encontra sua identidade sonora como também passa a criar produtos significantes que ampliam as suas formas de comunicação.
O objetivo do trabalho musicoterápico é o de promover melhora na qualidade de vida do paciente, beneficiando em seu desempenho nos aspectos biopsicossociais.
Aplicações importantes da Musicoterapia:
  • Educação especial, reabilitação, psiquiatria, geriatria e gerontologia.
Outras áreas:
  • Acompanhamento às mães e pais no pré-natal; método mãe canguru
  • Estimulação essencial com bebês em escolas, creches e outras instituições;
  • Atendimento em escolas para crianças com déficit de atenção e distúrbios de Aprendizagem, Hiperatividade;
  • Atendimento a deficientes mentais e sensoriais; A.V.C.
  • Clínicas e hospitais na área da saúde mental;
  • Recuperação de dependentes químicos(drogas e álcool);
  • Na assistência à deficientes físicos em instituições de reabilitação;
  • Atuando em clínica de Oncologia;
  • Atuando com idosos;
  • No desenvolvimento pessoal, aprofundando a vivência do processo criativo e as relações interpessoais;
  • Área social, com meninos e meninas de rua e menores infratores.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Nunca tive pressão alta , agora eu tenho....

 

Os 10 mandamentos do Hipertenso

Os 10 mandamentos do Hipertenso (família com o paciente):
  1. Desde a 1ª consulta, acompanhe o paciente. Não tenha medo pois nada será pedido em troca, a não ser a compreensão.
  2. Converse com o médico. Esclareça algum dado que não foi bem entendido. Pergunte e participe!
  3. Procure entender que o paciente está passando por uma fase difícil. Discussões menores, agora, assumem proporções imensas. E entendendo desta forma , você não vai feri-lo.
  4. Alguns pacientes negam até para si mesmo que estão doentes. O papel da família é não permitir que isto continue de forma irresponsável (consultas desmarcadas, dieta errada, medicamento interrompido), e sim, de forma afetiva (porém firme), mostre o quanto o paciente é importante à família, para seus amigos, seus filhos, netos e que todos esperam colaboração no tratamento.
  5. Existem pacientes deprimidos, e a depressão corrói com o indivíduo, de tal forma que as esperanças vão diminuindo a cada dia. Cabe a você, nestas horas, estar ao lado do paciente, não se omitir, mesmo que a realidade seja ruim, ela  precisa ser vivida! Vigie o paciente para que não aconteçam “acidentes”. Para a maioria, este estado é uma etapa, para outros demoram um pouco mais, então cabe a você ser o elo de ligação com a equipe de saúde.
  6. Se a fome desaparecer, fale ao médico. Não entenda que o paciente não come porque não aceita a dieta. Isto não é verdade e prejudica o andamento do tratamento podendo levar o paciente à desnutrição! Existem formas de contornar este problema.
  7. Os medicamentos não podem ser esquecidos. Cabe aos familiares vigiarem para que os remédios sejam tomados no horário certo.
  8. Os remédios, por mais caros que sejam, NECESSITAM ser tomados. Alguns deles, já estão comercializados como genéricos ou fornecidos na Secretaria da Saúde, mediante receita médica e cadastro junto ao órgão. Procure se inteirar.
  9. Nos primeiros dias de tratamento acompanhe o paciente. É seguro e eles gostam e se sentem mais protegidos.
  10. Faça disto um hábito diário, uma rotina!
  11.  
  12. Factores de risco de hipertensão arterial

    A promoção da saúde e a prevenção de complicações baseadas na abordagem global dos fatores de risco modificáveis é fundamental. Os principais factores de risco são:

    Factores Não-modificáveis:
    • Hereditariedade: história familiar de Hipertensão Arterial.
    • Idade: o envelhecimento aumenta o risco do desenvolvimento da hipertensão em ambos os sexos. Estimativas globais sugerem taxas de hipertensão arterial mais elevadas para homens a partir dos 50 anos e para mulheres a partir dos 60 anos.
    • Raça: Nos Estados Unidos, estudos mostram que a raça negra é mais propensa à Hipertensão Arterial que a raça branca. No Brasil, não há essa evidência.
    Factores Modificáveis:
    • Sedentarismo: aumenta a incidência de hipertensão arterial. Indivíduos sedentários apresentam risco aproximado 30% maior de desenvolver hipertensão arterial em relação aos indivíduos ativos: a atividade física regular diminui a pressão arterial.
    • Tabagismo: o consumo de cigarros está associado ao aumento agudo da pressão arterial e ao maior risco de doenças cardiovasculares.
    • Excesso de sal: o sal pode desencadear, agravar e manter a hipertensão.
    • Bebida alcoólica: o uso abusivo de bebidas alcoólicas pode levar à hipertensão.
    • Peso: a obesidade está associada ao aumento dos níveis pressóricos.Ganho de peso e aumento da circunferência da cintura são índices prognósticos para hipertensão arterial, sendo a obesidade um importante indicador de risco cardiovascular aumentado.
    • Estresse: excesso de trabalho, angústia, preocupações e ansiedade podem ser responsáveis pela elevação aguda da pressão arterial.
    • Como saber se tem a pressão arterial alta

      A maioria das pessoas que têm pressão alta não se queixa de nada.
      Daí chamar-se a pressão alta de ?assassina silenciosa?.
      Às vezes, dor de cabeça, tontura e mal-estar podem acontecer em quem tem pressão alta, mas é comum que, quando a pessoa sente alguma coisa diferente a pressão alta já danificou o seu organismo.
      A única maneira de saber se a pressão está normal é medi-la.
      O ideal é medir a pressão pelo menos a cada seis meses ou com intervalo máximo de um ano. Assim, quando a doença aparece, logo se faz o diagnóstico.

      Dieta para hipertensão

      Existem algumas Orientações Nutricionais para quem sofre de hipertensão nomeadamente:
      • Evite alimentos gordurosos;
      • Escolha margarina e queijo sem sal;
      • Alimentos enlatados, antes de serem consumidos devem ser retirados da lata e enxaguados com água corrente por várias vezes;
      • Crie o hábito de ler os rótulos dos alimentos, ficando atento para as palavras como: sódio, glutamato monossódico acidulantes, antioxidantes, aromatizantes, estabilizantes, devem ser evitados;
      • Bebidas que contém cafeína (café, chá preto, chimarrão) podem elevar a pressão arterial , devendo ser usados com moderação;
      • O sal deve ser retirado da mesa como medida preventiva;
      • A ingestão de alimentos ricos em potássio são importantes, auxiliam na redução da pressão arterial, inclua-os na sua alimentação, são eles: mamão, laranja, banana, ameixa, batata, cenoura, beterraba.
      Alimentos que devem ser EVITADOS na dieta sem sal:
      • Salgados gordurosos e embutidos (toucinho, costela, salame, mortadela, presunto, carne seca, lingüiça, salsicha, bacon, bacalhau, salaminho)
      • Molhos e temperos prontos e concentrados (mostarda, maionese, catchup, molho inglês, caldo de carne em cubos e demais temperos, extrato de tomate, molho de soja);
      • Bolachas salgadas, pães salgados, salgadinhos de padaria, pipoca com sal, salgadinho industrializado);
      • Aperitivos como: amendoim salgado, azeitonas, pepino, castanha).
       
     

sábado, 4 de agosto de 2012

Viva aos guerreiros de duas rodas....


O Pacote de obrigatoriedades inclui itens de segurança como coletes retrorrefletivos e antena corta-pipa
A partir do dia 4 de agosto, motoboys de todo o país terão de obedecer novas exigências para o exercício da atividade. O pacote de regras do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) inclui o uso obrigatório de itens de segurança como coletes e capacetes com dispositivos retrorrefletivos, proteção para motor e pernas, além de aparador de linha, também conhecido como antena corta-pipa, entre outros.

O condutor que não cumprir as novas regras estará sujeito às penalidades e às medidas administrativas previstas nos artigos 230, 231, 232 e 244 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que pode chegar à multa no valor de R$ 191,54, apreensão da motocicleta e até mesmo a suspensão da CNH, dependendo da infração cometida.

Além dos itens de segurança, o motorista deve ficar atento ao licenciamento anual obrigatório, à inspeção veicular ambiental (que deve ser realizada antes do licenciamento), estado dos pneus, funcionamento de buzina, velocímetro, além dos sistemas de iluminação e sinalização.
RIO - O protesto de motoboys que deu um nó no trânsito do Rio na manhã desta sexta-feira poderia ter sido evitado. Segundo o diretor executivo do Sindicato dos Empregados Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro, Marcelo Matos, a entidade estava ciente do adiamento da aplicação da lei que regulamenta a atividade dos profissionais, mas disse ter levado a manifestação adiante por uma questão de agendamento e para tornar pública a insatisfação da categoria. Matos pediu desculpas à população pelos transtornos causados no trânsito. Os manifestantes, que se concentraram por volta das 7h na esquina da Rua do Matoso, em frente à Praça da Bandeira, saíram em comboio pelo Centro do Rio e pela Zona Sul.
— O governo nunca quis nos atender e ainda criou esse monstro sem cabeça. Queriam que fizéssemos um curso de direção defensiva, mas nenhuma empresa se adequou para oferecer. E o prazo para fazer as aulas terminaria neste sábado. Felizmente, conseguimos essa prorrogação para 2013, mas ainda precisamos nos reunir com o governo para tratar de questões da categoria - defendeu Matos.
Os motoboys protestaram contra o cumprimento da resolução 350/2010, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que regulamenta a profissão e os obriga a fazer curso de direção defensiva, assim como a utilizar novos equipamentos de segurança. Eles reclamam, ainda, da alta taxa cobrada para a instalação de placa vermelha no veículo e da falta de oferta de curso de aprimoramento, exigido pelas novas regras.
— Nossa categoria não tem reajuste de salário há 14 anos. Não temos como arcar com os custos para instalação da placa vermelha nem como fazer o curso exigido pela nova lei, que só tem em São Paulo - argumentou o motoboy Rafael Mouron Lombardo.
Segundo o presidente da Associação de Motociclistas do Estado do Rio (AMO-RJ), Aloísio César Braz, o protesto dos motoboys é infundado, uma vez que a categoria já conseguiu junto ao Conselho Nacional de Trânsito uma prorrogação do prazo de estabelecimento das novas regras.
Pela segunda vez, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) adiou o início da fiscalização aos motoboys e mototaxistas. Estabelecidas em 2010, as novas regras deveriam começar a valer amanhã, mas após reunião ontem, o conselho aceitou mudar a data. Agora, os motoboys terão até fevereiro do ano que vem para se enquadrar às regras.
Regras adiadas pela segunda vez....

A decisão foi tomada após uma série de protestos de motoboys em todo o país. Eles alegam não ter tido tempo suficiente para realizar um curso de capacitação de 30 horas presenciais exigido pelo Contran.

Além do curso, os profissionais devem ter idade mínima de 21 anos, CNH na categoria A com validade de pelo menos 2 anos e antecedentes criminais. As motos terão de ser brancas.

Os motociclistas também deverão andar com coletes e capacetes refletivos, proteção para motor e pernas e antena “corta-pipa”.

O Contran também decidiu permitir que autoescolas promovam os cursos. Antes, apenas Detrans, Sests (serviços sociais do transporte) e Senats (serviços de aprendizagem do transporte) podiam oferecer os cursos, que agora poderão ser feitos, inclusive, à distância.
 
— Assim vamos ter tempo para cobrar do Detran a criação desse curso para a categoria. Além disso, conseguimos que outras empresas habilitadas pelo Denatran possam oferecer as aulas -
Viu só basta irmos a rua pra cobrar nossos direitos de forma civilizada que da certo eu também sou motoboy e sei o que é a vida de cachorro loko láno DETRAN esqueceram que não somos  legiões mais somos muitos....