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sábado, 7 de abril de 2012

Eu tenho um fusca.....

 
Se, muitas vezes, a era entre a I Guerra Mundial, de 1914 a 1918, e a Grande Depressão, em 1929, tem sido narrada em termos de luxuosos carros americanos, melindrosas e cartolas, a época imediatamente anterior à II Guerra pode ser descrita como um período que concretizou os sonhos de criadores geniais, como o autodidata Ferdinand Porsche, o criador do Fusca, da Volkswagen. Ao contrário dos demais fabricantes europeus de veículos, que em meados dos anos 20 ainda julgavam o automóvel um artigo de luxo - e ao mesmo tempo em que os americanos Ramson E. Olds e Henry Ford quebravam a cabeça para construir carros que atendessem a um mercado de massa - Porsche pensava num carro prático, simples e barato.
Esse é, em resumo, o conteúdo desse livro de Alexander Gromow, não só um apaixonado, mas como um profundo conhecedor do Volkswagen automóvel e da Volkswagen AG, a fabricante desse fenômeno do consumo.
Mas o livro não traz apenas a saga desse veículo que muitos acharam de péssimo gosto, quando lançado - numa época em que a fealdade dominava o mundo - mas que revolucionou a indústria automotiva, rompendo todas as barreiras que impediam seu avanço, suscitou os mais sisudos estudos nos idiomas mais inaccessíveis e impôs-se como um caso único de aceitação popular em todo o mundo.
Um fenômeno, aliás, tão mais impressionante quando se considera que o Fusca, que começou a ser projetado na garagem da casa de Porsche (e que, depois, atenderia às ambições megalomaníacas de Adolf Hitler, em pleno Terceiro Reich, rodando hoje, impávido, em todos os países), faz parte definitivamente da história universal do século XX e ingressa no novo milênio com imenso prestígio.
Esse sucesso é tão mais inacreditável quando se percebe que a ligação fundamental do austríaco Ferdinand Porsche – tão austríaco quanto o Führer Adolf Hitler – talvez fosse mais com o carro do que com aquilo que se define hoje, algo nebulosamente, como mercado consumidor de automóveis.
Mas esse livro vai além: num pano de fundo, mostra como Hitler tentara buscar caminhos que pelo menos equiparassem o seu país às nações desenvolvidas, durante o Terceiro Reich, e como a Alemanha tentava se reerguer política, social e economicamente da derrota na II Guerra Mundial a partir da primeira metade de 1948, sob o governo de Konrad Adenauer, antigo prefeito de Colônia,
A partir da epopéia Volkswagen, que se ramificou no Brasil, com efeitos benéficos e permanentes sobre a indústria automotiva e a economia nacional, aqui se terá um retrato do País nos anos 50 (em 1959, o primeiro Fusca nacional saiu da linha de produção), 60 e 70 (época do “milagre brasileiro”) até o pico de 1972, quando, após atingir vendas de 223. 455 unidades, suas vendas cairiam para 44.456 unidades, em 1985. No Brasil, o Fusca começou a se converter em realidade em 1949, época em que o povo cantava nas ruas os sucessos carnavalescos "Chiquita Bacana", de João de Barro, e fotos do carro já vinham saindo nas revistas ilustradas. Nesse ano, a Volkswagen e a Chrysler fechariam acordo pelo qual a última cederia suas concessionárias fora da América do Norte para revender Fuscas e a Volkswagen completaria a oferta de carros Chrysler.
Ainda em 1949, quando todo se mobilizavam para ver os jogos a Copa do Mundo, a empresa brasileira Companhia Geral Distribuidora Brasmotor, hoje Multibrás, faria gestões junto à Chrysler para vender Fuscas prontos no País e, logo em seguida, dar início à montagem desses veículos, a partir de kits desmontados, os CKDs, para se chegar à fábrica, em São Bernardo do Campo.
Embora, hoje, seja extremamente difícil reconstituir todas as circunstâncias em que ocorreram essas negociações, que levariam mais tarde à democratização do automóvel no País (há diferentes versões de vários historiadores), o fato é que o Fusca – graças também à identificação fácil da marca e do design – impôs seu estilo de uso doméstico devido aos seus padrões de eficiência, economia, robustez e qualidade.
Mas o que se conta nesse livro não é também apenas a história desse veículo que fendeu de alto a baixo a imagem do Brasil urbano, mas as dificuldades que precisou enfrentar em função dos problemas econômicos do país, com inflação, recessão econômica e, em particular, várias crises da indústria automobilística nacional.
Para se ter idéia da importância da penetração do Fusca no País, bastaria lembrar que a indústria automobilística, que produziu, durante anos, um milhão de carros/ano, incentivada pelo lançamento dos carros populares (vendidos a US$ 7 mil) passou a produzir 1,3 milhão de veículos, em 1993, depois que o presidente Itamar Franco pediu a volta da fabricação do popular “Besouro” - e esse salto ocorreu quase que de um ano para o outro (a produção do Fusca tinha sido paralisada em 1986).
Num setor onde as pesquisas nem sempre são atualizadas e onde a história do País se perde por falta de quem se dê ao trabalho de contá-la, o trabalho de Alexander Gromow, ex-presidente do Clube do Fusca, pesquisador incansável e verdadeiro fanático por esse veículo e pela marca – ganha importância fundamental para quem se dispõe a viajar na saga do Fusca.
Sem esse trabalho, seria impossível avaliar as repercussões econômicas e sociais do carro de Ferdinand Porsche. Seria salutar e até indispensável, como o autor afirma modestamente na introdução da obra, que os leitores que já tiveram um Fusca – presume-se que, praticamente todos os brasileiros com mais de 40 anos tenham aprendido a dirigir num Fusca – tornem-se também construtores da sua história, contribuindo para tornar mais completa a pesquisa do fuscamaníaco Alexander Gromow. Afinal, um livro, quando sai das mãos de quem o escreveu e publicou, passa a ser como uma propriedade de seus leitores.
Certamente, também foi esse o espírito do visionário, pioneiro, autodidata e doutor honoris causa Ferdinand Porsche quando pensou, sentiu, concebeu e estruturou o Fusca um pouco antes de a Alemanha ficar empobrecida pelas conseqüências de uma guerra e de uma derrota que levaria o país a ajoelhar-se e humilhar-se perante os vencedores.
Na saga do Fusca, um de seus momentos mais incríveis é quando, logo depois da segunda guerra e da segunda derrota, esse veículo começa a renascer numa fábrica destruída pelos bombardeios e, espalhando-se pelo mundo, levaria aos limites máximos a lenda alemã, que ainda perdura em muitos setores, de ter produtos de qualidade, resistentes, robustos e simples.
Mas uma dos pontos que mais atrai no trabalho de Alexander Gromow, que escolheu o 22 de junho para o “Dia Mundial do Fusca” (oficializado em junho de 1995 no célebre encontro de Fuscas Antigos de Bad Camberg, na Alemanha, depois de uma campanha internacional entre Fuscamaníacos de cinco continentes), é o fato de a história do Fusca soar como uma ficção que, na verdade, está fortemente presente em nosso cotidiano.
Por qual motivo eu amo fusca...

1º motivo: custo benefício

9 motivos fuscaComeço pelo motivo mais óbvio, custo benefício, é mais barato ter um carro antigo ou um carro novo, no caso um Fusca. É muito mais em conta, porém com algumas ressalvas. Não é qualquer Fusca que tem manutenção barata. Um Fusca da década de 50 com motor e caixa original pode trazer alguma dor de cabeça na hora da retifica ou manutenção, já modelos mais recentes como de 70 são bem mais simples. E o custo de um Fusca é bem menor que um outro carro mais novo, em geral.
Exemplo: Um Fusca que custa uns R$ 6mil com certeza está em melhores condições que um Uno no mesmo valor.
Outra comparação é saber que esse Fusca de 6 mil vai a qualquer lugar que um carro zero de R$ 30 mil vai.

2º motivo: relativa economia

9 motivos fuscaO Fusca nunca foi o carro mais econômico do mercado, nem em seu tempo, pode ser que por algum momento onde a importação estava proibida ou quando teve a crise do petróleo, o Fusca tenha sido a melhor opção de carro econômico. Hoje temos carros novos que com alta tecnologia e injeção eletrônica fazem mágica com o combustível, mas mesmo assim um fusquinha 1300 bem regulado pode andar bem e gastar pouco combustível.
Já no meu caso a economia é maior, instalei um kit GNV no Fusca, em breve farei um tópico sobre Fusca com GNV. Já tive outros carros com GNV, mas a economia do Fusca é absurda.
Resumindo, o Fusca pode não ser o carro mais econômico, mas também não é o mais beberrão.

3º motivo: velocidade reduzida

9 motivos fuscaAté um certo ponto de customização e regulagem um fusquinha mantém uma velocidade muito segura, ainda mais se o proprietário quiser mantê-lo o mais original possível. Passar de 110km/h em um 1300 é tarefa difícil e se levar em conta os pneus originais, dificilmente o motorista vai se aventurar em “alta” velocidade, isso pode ser um fator positivo, raramente se vê um Fusca acidentado por excesso de velocidade, e convenhamos para que pressa?
Muitos Fuscas são até muito potentes, um 1600, por exemplo, é um canhão, mas com o carinho que você terá pelo carro dificilmente irá colocá-lo em situações de risco.

4º motivo: teste de namorada e amigos

9 motivos fuscaEsse benefício é um tanto incomum, mas veja bem. Se você for um fusqueiro solteiro provavelmente quando começar um relacionamento será colocado à prova, piadinhas e insinuações viram a respeito do Fusca. Até chegar ao ponto da celebre frase “ou o Fusca ou eu!”. Graças ao Fusca você poderá testar a tolerância da sua namorada antes de se aventurar por um relacionamento mais sério. Por outro lado se sua namorada gostar muito do Fusca e acabar querendo comprar um só pra ela, case-se logo.
Quanto aos amigos é o seguinte, experimente estacionar o Fusca próximo a uma roda de amigos, comece pelos comentários que farão respeito do carro e termine a amizade com aquele que se apoiar no capô e colocar o pé no para-choque.

5º motivo: manutenção

9 motivos fuscaTotalmente ligado ao item custo benefício, a dificuldade de manutenção de um Fusca, ou carro antigo qualquer, está proporcionalmente ligada a sua idade e popularidade.
A popularidade do Fusca é indiscutível, porém muitos Fuscas foram maltratados com o passar dos anos, então existe muito mercado para mecânico, mesmo assim o Fusca ainda possui uma manutenção relativamente barata. Um serviço prestado em um carro novo mesmo que seja simples pode ser mais caro que um serviço feito em um carro de tecnologia antiga, o item Especialização não aparece na nota fiscal de um serviço feito em um Fusca. Qualquer um sabe fazer um serviço no Fusca. A única ressalva é justamente essa: qualquer um “sabe” fazer um serviço no Fusca. Está cada vez mais difícil encontrar quem tope fazer um serviço no Fusca, ou ainda, um que saiba realmente fazer.

6º motivo: ser reconhecido

9 motivos fuscaÀs vezes não é um beneficio, mas ter um Fusca bem inteiro, reluzente e que chama atenção facilita ser reconhecido, eu mesmo toda semana encontro alguém que me viu em um determinado lugar, graças ao carro. Esses dias estava eu em um engarrafamento e um amigo apareceu, viu o carro e veio logo, é muito legal isso. Essa semana eu reconheci o carro de um amigo e fui falar com ele, estava de moto, e assim vai. Encontrar amigos ou ser encontrado pode render uma boa conversa e até mesmo uma carona em dias difíceis. Mas cuidado com saídas de motel, sempre tem alguém olhando.

7º motivo: ser a alegria das crianças

9 motivos fuscaPor mais de uma vez temos esse prazer, resgatando a infância que tivemos, mas inocente que as de hoje, crianças acenam de dentro do ônibus, das calçadas e até de dentro do C4 Pallas do pai. “olha mamãe que fusquinha bonito!”.
Isso realmente não tem preço, e se você responder de volta com uma buzinadinha e um aceno a criançada retribui com um sorriso espantado no rosto. Plantar o gosto dos fusquinhas nas crianças nos faz querer que elas sejam adultos mais saciáveis e menos inconsequentes que alguns adolescentes que estampam a primeira página dos jornais.

8º motivo: se sentir parte da história

9 motivos fuscaQuando você compra seu primeiro Fusca não espera o que vem em seguida. Se você cair de cabeça nesse mundo vai conhecer um carrinho bem simpático que fez parte da história mundial e da nossa história nacional. Conhecer varias curiosidades onde o Fusca esteve envolvido e se quiser ir mais fundo vai acabar querendo saber mais do ano de fabricação do seu Fusca, um dia você vai se ver folheando revistas de época e escutando musicas antigas.  Como conhecimento nunca é demais, você vai ver que aprender sobre o passado é muito bom, nos trazendo uma grande nostalgia, e se você assim como eu não viveu há 50, 40 anos (tenho 40) vai experimentar um sentimento de saudade do que não teve. Ao tentar resgatar esse passado de civilidade, convivência e respeito ao próximo, seria viagem minha pensar que isso nos faz ser pessoas melhores a cada dia?

9º motivo: fazer amigos

9 motivos fuscaVocê não iria lá falar com ele?
Sem dúvida o melhor de todos os motivos para se ter um Fusca. Se você não gosta de fazer amigos não compre um Fusca, ande de carro zero com película nos vidros. Não tem como explicar isso, apenas tendo um Fusca para saber. Posso enumerar dezenas de ocasiões próprias onde acabei criando amigos e que sem o Fusca não seria possível.
Todo santo dia que você usar seu Fusca terá a oportunidade de fazer amigos novos, bater um bom papo, ajudar ou ser ajudado por alguém. Basta está aberto a novas amizades.
- Pode ser do sujeito que vem querendo comprar seu carro;
- Pode ser da senhora que diz ter um igual há 20 anos;
- Pode ser do senhor que nunca viu na vida, mas te pega pelo braço para mostrar o Fusca dele;
- Pode vir do fusqueiro enrascado parado no acostamento que você parou para ajudar;
- Pode ser daquele que parou para te ajudar;
- Pode ser até daquele parente distante que ficou próximo, pois ele também tem um Fusca;
- E pode ser daquele sujeito do outro lado do pais que você conheceu pela internet que tem um Fusca igual ao seu e tem uma peça sobrando e faz questão de te enviar por Sedex, pois você precisa muito dela.
Enfim, a meu ver fazer amigos é o maior motivo para se ter um Fusca, seja ele original, mexido, zero bala ou caindo aos pedaços, Fusca é ímã de amigos.

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