Eu capitão nascimento digo "isso vai dar m...da" !!!...

'Ele está cansado'
Antes de a assessoria do governo confirmar a saída do secretário, o governador licenciado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse nesta manhã, em Brasília, que pretende pedir a Beltrame que fique no governo até o fim da gestão, em dezembro de 2018. No entanto, Pezão disse que o secretário está “cansado” e, por isso, não poderá exigir a permanência dele no cargo.

“Eu não tive a oportunidade de falar com ele. Se eu tiver a oportunidade, vou pedir para ele que fique até o fim do governo. Agora eu também não posso exigir que uma pessoa que está há 10 anos à frente da segurança pública continue. Eu me preocupo muito, porque ele está cansado."

O secretário estadual de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, deixará o posto depois de nove anos e nove meses no cargo. Ele enviou seu pedido de exoneração para o governador em exercício, Francisco Dornelles, e para o governador licenciado, Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB
Beltrame deve deixar o cargo no final desse mês, logo depois do segundo turno das eleições municipais do dia 30 de outubro, que no estado do Rio acontecerá em oito municípios.
Delegado da Polícia Federal, Beltrame assumiu a Secretaria de Segurança em janeiro de 2007, no início do governo de Sérgio Cabral, e se tornou conhecido pela implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) na cidade do Rio. Ele é o secretário de Segurança a permanecer mais tempo no cargo.
Segundo o jornal “O Globo”, a substituição já era cogitada há pelo menos dois anos e já era esperada para depois da Olimpíada. Em seu lugar, por sua indicação, entra o subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da secretaria, Roberto Sá.

Comunidade amanhece com comércio fechado depois de confrontos
A comunidade do Pavão/Pavãozinho em Copacabana, Zona Sul do Rio, amanheceu em clima de apreensão depois dos intensos confrontos de ontem entre policiais e criminosos armados. O comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local, capitão Vinicius Apolinário de Oliveira, foi ferido por estilhaços durante o confronto. Ele foi levado para o hospital da Polícia Militar e depois liberado. Dois militares do Batalhão de Choque também ficaram feridos.
Os comerciantes fecharam as portas na Rua Saint Roman, que dá acesso à comunidade e, segundo o comando da UPP do Pavão, não há registro de confrontos na área. O policiamento segue reforçado.
Ontem, porém, o panorama foi diferente. Segundo a bibliotecária e moradora da comunidade Helena Duarte, o cenário era de guerra. Ela, que administra a Biblioteca Escolar Municipal Carlos Drummond de Andrade, em frente à comunidade, disse que as crianças que estavam no local no momento da troca de tiros viveram minutos de terror.
– Os pais deles nos ligavam perguntando se estava tudo bem e ordenavam que não deixássemos eles subirem, pois lá em cima estava perigoso demais. Essa rua estava tomada por carros da Polícia Militar, do Bope. Eles chegavam a trocar tiros aqui da esquina. Para mim, que estava dentro da biblioteca, parecia que era do lado. Foi um terror. Graças a Deus ninguém se feriu – afirmou.
A doméstica e também moradora da região Rita Quirino disse que por morar um pouco longe da área onde o confronto foi mais intenso, o clima foi mais calmo, mas que sempre existe o alerta para quem circula pelas redondezas da comunidade.
– Eu estava no trabalho e lá é um pouquinho isolado da entrada da comunidade, então foi mais tranquilo. Claro que eu procurei ficar em local seguro, mas o fato de convivermos com isso diariamente nos deixa até mais calejados e menos preocupados. É triste, mas é o ponto a que chegamos – lamentou.
Segundo a Secretaria de Educação, todas as escolas da rede estadual que ficam na área do Pavão/ Pavãozinho estão funcionando normalmente hoje.